Séries preocupantes para Paços de Ferreira e Arouca na Liga Portugal bwin. Num jogo que não vai entrar lista de espetáculos mais excitantes da época, as duas equipas não conseguiram chegar ao golo (0x0) e vivem momentos de irregularidade exibicional.
Numa partida onde tinham condições para controlarem, os castores ficaram longe do seu melhor e permitiram ao adversário até ser a equipa mais forte na globalidade da partida. Para Armando Evangelista fica de positivo o final da sequência de dez encontros do Arouca a sofrer golos, embora tenha faltado alguma acutilância no momento de atacar.
Uma primeira parte para não repetir no Paços de Ferreira. No regresso ao campeonato, os castores mostraram uma imagem frouxa e pouco intensa durante os 45 minutos iniciais, afetados também pelas demasiadas paragens que o jogo sofreu na sua fase inicial. Os homens da casa não tiveram uma verdadeira oportunidade de perigo até ao descanso e André Ferreira foi obrigado a trabalho sério.
Mérito também para o Arouca, que abordou de forma organizada o jogo e tentou sempre não se limitar a defender. Em ataques rápidos, a equipa de Armando Evangelista causou perigo, com os médios e os laterais bem envolvidos na manobra ofensiva. Pedro Moreira e Arsénio estiveram perto golo, que não seria injusto para o rendimento dos arouquenses
Já com Eustáquio fora de jogo - provavelmente devido a problemas físicos - o Paços de Ferreira não conseguiu mostrar força no início do segundo tempo e o Arouca continuou mais perigoso, com André Ferreira novamente a responder em grande estilo. Os castores precisavam de um choque de adrenalina, que acabou por surgir após uma expulsão.
Em decisão duvidosa do juiz António Nobre, o médio Nuno Santos viu o segundo cartão amarelo após derrubar Leandro Silva e deixou o conjunto da casa reduzido a dez unidades. Quando se podia pensar que este momento iria aumentar a superioridade arouquense, a equipa de Jorge Simão uniu esforços e teve uma melhoria exibicional, mesmo depois deste grande revés.
O Arouca sentiu dificuldades para adaptar-se à nova realidade do encontro e apenas na reta final conseguiu aproveitar a vantagem numérica. Ainda assim, a turma de Armando Evangelista foi a tempo de criar oportunidades suficientes para marcar, com Pité a travar duelo frente a André Ferreira, o melhor em campo por larga distância.
No final da partida, os protestos dos adeptos pacenses em relação ao trabalho de Jorge Simão surgiram, com o técnico mais pressionado nesta caminhada no Paços de Ferreira. Do lado arouquense, ficam sinais de crescimento da equipa, embora os triunfos teimem em escapar.
As suas exibições foram criticadas no início da época, mas André Ferreira confirmou os sinais de crescimento com uma exibição fantástica esta tarde na Capital do Móvel. Várias defesas de qualidade do principal responsável pela igualdade final.
A pausa competitiva tinha sido destacada por Jorge Simão, mas o Paços de Ferreira deixou uma imagem bastante cinzenta neste regresso do campeonato, com um nível longe do que já apresentou nesta época. As dúvidas aumentam e a necessidade de resposta é grande.
Algo nervoso, permitiu demasiadas paragens e não teve um critério regular ao longo da partida. Demasiado rigoroso na expulsão de Nuno Santos, num jogo onde tinha condições para controlar de outra forma.