Os principais destaques individuais do encontro entre o Benfica e o Boavista, que terminou com triunfo benfiquista por 3x1.
Apareceu no onze com um papel diferente daquele que tem tido neste Benfica, com Jorge Jesus a apostar na velocidade do uruguaio para aparecer com espaço na grande área e finalizar. Debelados os problemas físicos, Darwin parece estar já com outra confiança. Esta noite, bisou e até podia ter feito um hat-trick, mas aí Bracali conseguiu ser melhor do que o avançado. Jorge Jesus pode ter ganho aqui um novo extremo que não o é.
Como habitual, o extremo foi o dinamizador do ataque encarnado. Pela direita, Rafa Silva é sempre o elemento mais desequilibrador com bola e é capaz de por si só mudar um jogo, mas quando a equipa está bem ele aproveita. Não sendo um jogador exímio na arte de finalizar, decide oferecer e decide bem. Foi pela primeira vez titular na Liga, mas fez estragos.
Aqueles que não seguem o Boavista terão ficado surpreendidos com o grande golo de Sauer, mas o brasileiro é mesmo dos que melhor remata na Liga. O pé esquerdo já tinha avisado Vlachodimos e com espaço decidiu rematar mais em jeito e menos em força. Um grande golo a coroar uma meia hora nem sempre assertiva, mas com muita iniciativa por parte do camisola 8 boavisteiro.
O que jogou no final da época passada e o que joga esta temporada faz com que a demora a afirmar-se no Bessa seja estranha. O colombiano é um verdadeiro ladrão de bolas, sempre muito intenso e com grande raio de ação, mostrando capacidade quando tem a bola nos pés. A tal pressão deu frutos quando tirou a bola a Weigl para Sauer fazer aquele golaço. Ao lado, Makouta também fez um excelente jogo, mas a capacidade de roubo de Pérez foi diferenciadora.
Otamendi esteve muito forte nos duelos e ainda assistiu Julian Weigl, mas o impacto de Lucas Veríssimo não pode ser ignorado. Menos eficaz no momento defensivo, foi no ataque que fez toda a diferença, com dois excelentes passes a abrirem caminho para o primeiro e para o segundo golo. A contratação do brasileiro veio melhorar a equipa defensivamente, mas foi ofensivamente que o Benfica cresceu com a chegada do ex-Santos.
Aquela perda de bola podia motivar algumas críticas ou queixas por parte dos adeptos, mas Weigl não deu hipótese. O alemão reagiu da melhor maneira com um golo e depois foi mais do mesmo, sem a parte de perder bolas. Muito eficaz defensivamente, agressivo na pressão e capaz no passe. Melhorou muito com Jorge Jesus.
Já não tinha sido brilhante no último jogo e a entrada de Ntep mostrou que o ex-Nacional podia ter o lugar em risco, daí nem termos apostado em Gorré na escolha dos onzes prováveis. João Pedro Sousa deu-lhe 45 minutos para mostrar que conseguia ter o impacto que teve no momento em que chegou ao Bessa, mas o extremo voltou a passar ao lado do jogo. Na próxima partida, dificilmente irá continuar no 11.
Não tem a estatura de um defesa central, mas acima de tudo não é central. Por este motivo, o brasileiro podia estar ilibado após uma partida menos conseguida, mas depois de deixar escapar Darwin no primeiro golo e ficar mal na fotografia do terceiro não dá para perdoar.
3-1 | ||
Darwin Núñez 14' 61' Julian Weigl 34' | Gustavo Sauer 32' |