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    A análise ao Estoril-Praia

    Em nome do futebol positivo

    2021/08/02 22:04
    E1

    Com o início do Campeonato marcado para o próximo fim de semana, está na altura de conhecer todas as 18 equipas que vão participar no principal escalão do futebol português. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada equipa, assim como a sua figura e técnico.

    Bruno Pinheiro
    Estoril Praia
    2020/2021

    42 Jogos
    25 Vitórias
    10 Empates
    7 Derrotas

    73 Golos
    37 Golos sofridos

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    Após três temporadas na Segunda Liga, o Estoril-Praia está de volta ao convívio entre os grandes. Os canarinhos andaram dois anos a bater à porta da Primeira - 3.º lugar, em 2018/19, e 5.º, em 2019/20 - e, à terceira tentativa, alcançaram a tão almejada promoção sob a orientação de Bruno Pinheiro. O treinador de 44 anos passou quatro anos no Catar antes de assumir o primeiro desafio numa liga profissional em Portugal e deu-se a conhecer da melhor forma: subida de divisão assente num futebol muito positivo.

    Numa liga muito competitiva, recheada de vários candidatos assumidos desde o primeiro momento, a equipa da Linha mostrou cedo ao que ia e assim que agarrou um lugar no topo, não mais o largou. Consistência, qualidade nos processos, alma tremenda, veja-se o exemplo do encontro contra o Cova da Piedade (2x3) e um foco que levou o Estoril a descolar-se dos demais.

    Reestruturação do plantel

    A conquista de 2020/21 já ficou para trás e de nada vale para 2021/22. No Estoril assistiu-se a uma debandada das principais figuras da temporada passada, casos dos centrais Hugo Gomes e Hugo Basto, o médio Zé Valente e os atacantes André Vidigal, Harramiz e Aziz. Vão-se os anéis, ficam os dedos. Numa corrida contra o tempo, houve a necessidade de reestruturar um plantel vencedor, com a contratação de jogadores que fossem ao encontro das ideias de Bruno Pinheiro. A filosofia, essa, é inegociável.

    Mesmo com um plantel ainda muito carente de soluções, nomeadamente no eixo defensivo, o Estoril apresentou-se de forma oficial, frente ao Nacional da Madeira (1x2), na mesma toada com que fechou o último Campeonato. Ou seja, novas peças, algumas delas provenientes da equipa de sub-23, a mesma ideia. E numa equipa que gosta de ter bola, que gosta de jogar bem, tendo consciência que só assim estará mais perto da vitória, é preciso ser muito criterioso no ataque ao mercado.

    Francisco Geraldes é um dos reforços ©Catarina Morais / Kapta +
    Francisco Geraldes personifica na perfeição o desejado pelo treinador estorilista para a sua equipa e encaixa como uma luva no sistema. Ao lado de Miguel Crespo, que ainda não tem a sua continuidade totalmente confirmada, e um passo à frente de João Gamboa, a chegada do médio ex-Rio Ave deixa antever que o Estoril vai contar com um dos miolos mais entusiasmantes desta Primeira Liga.

    No ataque, as saídas de Harramiz, Aziz e André Vidigal foram compensadas com as contratações de Leonardo Ruiz (ex-Sporting) e Meshino (ex-Rio Ave), além de abrir o caminho para uma aposta mais vincada em dois talentos que já estavam no Estoril na temporada passada: Chiquinho e André Franco. Estes dois miúdos podem ser casos sérios em 2021/22.

    Objetivo: manutenção

    A manutenção é o objetivo natural para uma equipa que acaba de subir de divisão. A mentalidade vencedora mantém-se viva, é certo, mas há a consciência óbvia de que os desafios serão muito mais exigentes para o novo capítulo da história de Bruno Pinheiro ao comando do Estoril, equipa que tem como esquema base o 4x3x3, que algumas vezes se transforma num 5x4x1, nomeadamente nos momentos de transição defensiva.

    A ideia, reforce-se, é de enorme positividade, uma equipa que gosta de sair a jogar com critério a partir da primeira fase de construção, e muito acutilante e assertiva no último terço. Ou seja, não se espere deste Estoril uma equipa que ande ao sabor do vento, muito pelo contrário.

    A filosofia está bem apresentada e, seja que adversário for, logicamente com a estratégia adequada, espera-se uma equipa que parta para qualquer jogo com a intenção clara de encarar o adversário olhos-nos-olhos. Sem medos.

    A Estrela
    Miguel Crespo

    Após uma época de amadurecimento, Miguel Crespo assumiu-se como uma das principais figuras da subida de divisão do Estoril-Praia. Muito forte no posicionamento, o médio tem uma capacidade superlativa para descobrir espaços entre linhas, fazendo a ligação entre setores, e muito dificilmente perde uma bola que tenha controlada.

    O Técnico
    Bruno Pinheiro

    Chegou praticamente como um desconhecido às ligas profissionais, em Portugal, após cinco anos no Catar, e surpreendeu, acima de tudo, pela qualidade no trabalho. Bruno Pinheiro é um treinador muito metódico e gosta de colocar a sua equipa a praticar um bom futebol, como se viu na época passada.

    Comentários

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    motivo:
    GR
    2021-08-03 18h51m por MCastanho
    O Daniel Figueira, que ficou no banco nos 2 jogos oficiais que o Estoril já jogo esta época, é que vai ser o titular? Têm a certeza?

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