Três vitórias, zero golos sofridos e sinais de muita confiança para o que ainda vem aí. Apesar da muita rotação promovida pelo seu selecionador, a Itália manteve a qualidade que tem encantado a Europa e encerrou este domingo uma fase de grupos perfeita, com um triunfo frente ao também apurado País de Gales por 1x0.
O desaire não apaga o sentimento de missão cumprida dos britânicos, que seguem para os oitavos de final e não precisam de ficar agarrados à calculadora no decorrer desta jornada. Por sua vez, Mancini atinge o impressionante feito de 30 jogos consecutivos sem derrotas na seleção italiana, que ruma a Londres - onde vai defrontar Áustria ou Ucrânia - cheia de ambição para seguir longe no torneio.
Apesar da ainda não ter o primeiro lugar assegurado, Mancini deu um sinal de confiança na sua equipa e apenas manteve os habituais titulares Donnarumma, Bonucci e Jorginho. Por sua vez, de forma expectável devido ao empate bastar para garantir o apuramento, o País de Gales apostou na mobilidade atacante e deixou o avançado Kieffer Moore no banco.
As dinâmicas transalpinas ficaram imunes às mudanças e continuaram a ser de qualidade, na marca registada desta equipa que tem apaixonado no Europeu. Após um começo mais morno, o domínio italiano começou a ter frutos e o perigo aproximou-se da baliza de Danny Ward, com alguns remates cruzados a assustarem.
Nas poucas vezes que conseguiu sair com qualidade para o ataque, o País de Gales procurava as tabelas rápidas para tentar surpreender a defesa adversária. Num canto, Chris Gunter cabeceou cheio de intenção para ferir a equipa da casa, mas a finalização passou a um palmo da barra.
Também de bola parada, a Itália acabou por chegar ao golo. Num lance estudado, Verrati - somou os seus primeiros minutos na prova e é uma arma para a próxima fase - bateu para um livre lateral para o primeiro poste onde o discreto Matteo Pessina desviou de primeira para o golo, justo para o rendimento transalpino na primeira parte.
Com alguma pressão devido à vantagem helvética no outro jogo do grupo, o País de Gales subiu um pouco as linhas para o segundo tempo, apesar de a Itália continuar dona do jogo. Infelizmente para os britânicos, um duro golpe abalou com as aspirações da seleção neste duelo, após uma entrada mal calculada de Ampadu sobre Bernardeschi que resultou num cartão vermelho direto.
De forma natural, a vantagem numérica acentuou o domínio da Squadra Azzurra, que tentou com muita posse de bola quebrar a organização adversária. Os lances de bola para foram os únicos lances de ânimo atacante para o País de Gales, que até esteve muito perto do empate numa finalização por cima. O apito final chegou e os conjuntos saíram de Roma com um sentimento de missão cumprida.
Mudam oito peças na equipa, mas os italianos continuam a apresentaram a mesma ideia e qualidade. Exibição muito completa dos transalpinos, com vários atletas a darem sinais de confiança a Mancini no seu plantel. Objetivo cumprido em grande estilo!
Fica a ideia que o País de Gales podia ter ferido mais a Itália com mais ousadia ofensiva no jogo, mas o momento de decisão em que este encontro estava envolvido é uma justificação válida para o xadrez montado por Robert Page.