Venha a tatuagem!! Somos olímpicos!!

Sempre com um discurso ambicioso, antes deste Torneio Pré-Olímpico, a comitiva lusa acordou tatuar os anéis olímpicos, caso Portugal garantisse o apuramento para os Jogos Olímpicos de Tóquio... ora venha essa tatuagem!

No jogo mais importante da história do andebol português e com Alfredo Quintana no pensamento, a Seleção Nacional transcendeu-se e escreveu mais uma página histórica. Portugal voltou a bater a poderosa França, por 29x28, e garantiu o apuramento inédito para os Jogos Olímpicos.

Depois da melhor classificação de sempre em Europeus (EHF Euro 2020) e em Mundiais (Mundial 2021), a Seleção das Quinas de andebol vai participar nos Jogos Olímpicos pela primeira vez

Capacidade de resiliência

Entrada completamente em falso da Seleção portuguesa. Tal como no Mundial 2021, a armada lusa entrou nervosa e incapaz de contrariar o poderio da primeira-linha gaulesa, bem interpretada por Thimothey N'Guessan e Dika Mem. Isto resultou numa diferença de seis golos no marcador, o que obrigou à intervenção de Paulo Pereira.

©FFHandball/Icon Sport

Simplesmente épico!

Se dúvidas havia sobre o bom momento de Portugal, estas foram desfeitas logo no arranque da segunda parte, quando António Areia selou o empate (13x13). Paulo Pereira sentiu o que todos os portugueses sentiram: o jogo estava ao alcance de Portugal! Por isso, o selecionador luso chamou as suas tropas, para pedir calma, cabeça e confiança.

Em 7x6, os lusos chegaram à vantagem, por intermédio de André Gomes (18x17) e deu-se um equilíbrio total, até aos últimos 10 minutos. Mais uma vez, o cenário da derrota voltou a pairar, quando os gauleses construíram uma vantagem de três golos, numa altura crucial da partida.

©FFHandball/Icon Sport

Já com o cronómetros esgotado, Valentin Porte ainda marcou, num belo gesto técnico, mas não contou. Os Heróis do Mar cumpriram a sua promessa, honraram Alfredo Quintana e o país, em mais um jogo épico do andebol e desporto português. Portugal segue então para Tóquio, acompanhado por França, Alemanha, Suécia, Noruega e Brasil.

A nível individual, António Areia (6) e André Gomes (5) foram os melhores marcadores de Portugal, enquanto Hugo Descat (6), Timothey N'Guessan (4) e Luc Abalo (4) foram os artilheiros da França.