Após quatro jogos sem vencer, o Benfica regressou às vitórias, com uma exibição convincente. Em jogo a contar para a 21.ª jornada da Liga NOS, o emblema da Luz triunfou por 2x0 sobre o Rio Ave e reduziu distâncias para os rivais.
Perante a lesão de Vertonghen e o castigo de Otamendi, Jorge Jesus apostou na dupla Jardel-Lucas Veríssimo no miolo defensivo e no regresso ao 4x4x2, assim como na titularidade de Everton e Waldschmidt. Já Miguel Cardoso, comparativamente à visita a Famalicão, efetuou apenas uma troca forçada: saída do castigado Nélson Monte e entrada de Costinha.
Primeira parte dinâmica, jogada a um ritmo alto, no entanto sem golos. Os encarnados entraram melhor em cena, aproveitando as investidas de Diogo Gonçalves e as dinâmicas dos seus extremos para causar perigo. Na sequência de um canto curto, Seferovic cabeceou fraco para as mãos de Kieszek e, pouco depois, Everton rematou em arco e acertou em cheio no ferro, que impediu um golaço.
Sempre em saídas rápidas ou através de bolas paradas ensaiadas, os rioavistas cheiraram o golo. Mané deu o primeiro aviso e, logo de seguida, Dala driblou Weigl só que a sua finalização esbarrou no poste. Já perto do descanso, Geraldes atirou para a intervenção de Helton Leite e Camacho não foi capaz de aproveitar um desentendimento entre Lucas Veríssimo e Helton Leite.
Os primeiros minutos da etapa complementar foram em tudo semelhantes aos da primeira metade. Depois de alguma cerimónia e hesitação em atirar à baliza contrária, o Benfica abriu a carreira de tiro e aumentou a pressão sobre os nortenhos. Seferovic e Waldschmidt deram o mote, sendo que o avançado suíço dispôs de uma oferta soberana, desperdiçada na cara de Kieszek. A dupla de avançados das águias voltou a ter novas oportunidades, só que voltaram a perder o duelo para o guardião polaco.
As alterações acabaram por não trazer grandes mudanças e os benfiquistas voltaram a estar perto do golo, só que Kieszek parou o remate de Seferovic e, na recarga, Pizzi nem acertou na baliza. No entanto, o internacional português acabou por se redimir e, em mais um bom desenho coletivo, assistido por Everton, disparou forte para fundo das redes vilacondenses.
Até ao apito final, o placard não voltou a sofrer alterações, apesar das boas chances de Seferovic e Pizzi. Assim, o Benfica conseguiu reduzir distâncias e segue agora a três pontos do FC Porto (3.º), a quatro do SC Braga (2.º), a 13 do Sporting (1.º) e com mais quatro pontos que o Paços de Ferreira (5.º). Já o Rio Ave segue no 11.º lugar, em igualdade pontual com o Belenenses SAD (10.º).
Nota positiva para a arbitragem da equipa liderada por Nuno Almeida. Embora pudesse ter permitido um jogo ainda mais fluido, manteve um critério uniforme. Nos lances mais duvidosos, recorreu ao VAR: golo bem validado ao Benfica (há um ligeiro toque da bola na mão, mas de Pelé) e penálti não assinalado a favor das águias, uma decisão que se enquadra no critério mostrado, embora tenha existido um puxão Costinha a Seferovic (impôs-se a questão da intensidade).
De longe, o melhor jogo do Benfica em muito tempo. Com exceção para a segunda metade da primeira parte, as águias estiveram sempre por cima. O culminar deste domínio chegou na etapa complementar, onde a pressão e o melhor esclarecimento no último terço deram deram frutos.
Após boas indicações na primeira parte, onde dispôs de boas chances para marcar, o Rio Ave eclipsou-se. Na etapa complementar, os pupilos de Miguel Cardoso cometeram diversos erros defensivos, não foram capazes de condicionar o ímpeto encarnada e foram inofensivos no ataque.