A Académica de Coimbra não foi além de um empate na receção ao Leixões (1x1), num jogo marcado pela ausência de Mohamed Bouldini. O avançado marroquino cumpriu um jogo de castigo devido a acumulação de cartões amarelos e não pôde ajudar os estudantes como tão bem tem feito nesta primeira metade da temporada - o camisola 10 dos estudantes é o melhor marcador da Liga SABSEG.
Apesar da ausência desta importante peça do ataque da Briosa, Rui Borges não acredita que a presença de Bouldini fosse alterar o desfecho do encontro diante o Leixões e ressalvou a importância da equipa para o bom momento individual do atacante.«O bom momento do Bouldini é o bom momento da equipa. Hoje [ontem] o Bouldini não ia fazer milagres. Fico triste pela saída do Rafa [n.d.r. por lesão]. Isso é que me deixa triste. Teve uma oportunidade, ia dar muita coisa, mas teve a infelicidade de se aleijar. O Bouldini está num bom momento de forma, mérito dele, mas o maior mérito é da equipa. A equipa é que faz o Bouldini, não é o Bouldini que faz a equipa», defendeu Rui Borges na conferência pós-jogo.
A Académica foi a última a entrar em campo daquelas equipas que seguem no pelotão da frente e sabia de antemão que uma vitória permitia uma aproximação efetiva ao líder Estoril, bem como um distanciamento maior para quem vem atrás. Não conseguiu.
«Estamos cimentados no segundo lugar. Não gosto que me falem muito dos outros porque não adianta. Não conseguimos aproveitar. Temos de pensar em nós. Este campeonato é muito competitivo e temos de estar preparados para isso. Fazemos uma retrospectiva e percebemos que temos tido algumas dificuldades com as equipas com bloco médio-baixo. Temos de conseguir arranjar formas de ultrapassar isso», anotou o treinador dos estudantes.
«Falo muito em compromisso. Desde o primeiro dia que sou treinador que digo: 'a parte difícil do futebol é ter o compromisso sem a bola. Com a bola, com a qualidade deles, vão dar muito'. Estamos em segundo pelo compromisso, aliado à qualidade. Hoje [ontem] faltou-nos um pouco de qualidade e empatámos com o compromisso. Feliz olhar para eles e ver grupo muito competitivo», rematou.
Sobre a lesão do lateral Fabiano, que saiu aos 10 minutos após uma entrada faltosa de um adversário, Rui Borges aproveitou para abordar a inexistência de VAR na segunda liga.
«Vai fazer exames ao pé. Foi uma entrada feia. Pena não haver vídeo-árbitro, tanto para nós como para o outro lado em alguns momentos. Neste jogo calhou-nos a nós. O VAR devia ser para primeira e segunda liga», defendeu.
1-1 | ||
João Mário 90' | Nenê 65' (g.p.) |