Sofrimento desnecessário

Não era preciso tanto sofrimento, nem tanto tempo para seguir em frente na Taça de Itália, mas a Juventus voltou a mostrar que ainda está longe do nível exibicional exigido e apesar da vantagem de dois golos construída cedo a equipa de Pirlo teve dificuldade para eliminar o Genoa, que conseguiu levar o jogo a prolongamento.

Com Cristiano Ronaldo no banco de suplentes ao lado de Félix Correia, português estreante em convocatórias da Vecchia Signora, a Juventus entrou com tudo e parecia não sentir a falta das suas principais figuras. Kulusevski esteve em evidência nesses minutos iniciais com um golo e uma assistência para Morata, já depois de ver o bis ser travado por Paleari, a figura do Genoa em toda a partida.

A verdade é que sem conseguir uma reação digna desse nome, a equipa de Ballardini conseguiu diminuir a desvantagem num golo de cabeça de Czyborra, a aproveitar a desatenção do jovem Wesley «Gasolina». Um golo pouco expectável tendo em conta o que estava a ser o jogo, mas que ajudou o Genoa a acreditar que podia eliminar a equipa de Pirlo apesar da má entrada.

A Juventus não terminou bem a primeira parte e entrou na segunda parte ainda pior. A Vecchia Signora adormeceu por completo e causou poucas ocasiões junto da baliza do Genoa, que de forma tímida foi ameaçando a baliza de Buffon. Pjaca atirou à barra, mas Melegoni teve mais pontaria para as redes da Juventus, com um golaço que levou o jogo para prolongamento, apesar da tentativa de Pirlo, que lançou Ronaldo a dois minutos dos 90'.

Com algumas das principais figuras em campo, a formação de Turim assumiu novamente o controlo da partida, mas foi esbarrando no guarda-redes Paleari, que teve duelos interessantes com Kulusevski. O guardião italiano teimava em levar o jogo para os penáltis, mas o estreante Hamza Rafia saiu do banco para assumir o papel de herói e apontar o golo do apuramento do campeão italiano para os quartos de final da Taça de Itália. Um susto desnecessário, que podia ter mesmo acabado mal para a Juventus, não fosse Arthur impedir o golo já nos instantes finais com um corte em cima da linha de golo. O objetivo foi cumprido, mas mais uma vez os sinais dados por esta Juventus, apesar de ter jogado com algumas figuras pouco habituais, não são convincentes.