Excelente momento vivido pelo Paços de Ferreira. Os castores, além de terem aumentado a série de jogos sem derrotas e confirmado o rendimento agradável até ao momento, qualificaram-se para a primeira fase da Taça da Liga graças a um triunfo (0x1) em Moreira de Cónegos, em jogo de atraso da sétima jornada do campeonato. O sonho do Moreirense fica por terra, provando que ainda não é tão equipa como o adversário e que precisa de tempo para assimilar as ideias do novo treinador.
Em equipa que ganha não se mexe - e, diga-se, fê-lo com toda a justiça contra o Famalicão - e o Paços, com a bonita homenagem a Vítor Oliveira nas camisolas, provou o porquê de soma quatro vitórias e um empate nos últimos cinco jogos. Em Moreira de Cónegos, na primeira parte, os pacenses foram superiores ao adversário, ainda que, para isso, tenham conseguido um único tiro certeiro, do Tanque de serviço.
Bloqueando as saídas pelas laterais e o jogo interior dos cónegos mediante uma pressão em bloco muito bem executada, o Paços conseguiu, de facto, ser consistente e controlar o jogo com grande pragmatismo, evidenciando automatismos já muito bem entrosados. Foi assim, pois claro, que, em cima dos 10 minutos, Douglas Tanque cabeceou à ponta-de-lança para inaugurar o marcador, culminando uma jogada trabalhada pela asa esquerda - que bem têm estado Oleg e Luther Singh neste arranque.
César Peixoto tentava animar (e corrigir) os seus homens desde o banco e as melhores oportunidades só surgiram em cima do intervalo, quando André Luís conseguiu fugir à marcação para obrigar Jordi a pelo menos uma intervenção apertadíssima.
A partida pedia mais Moreirense e houve, efetivamente, uma ligeira mudança no sistema, com Fábio Pacheco a subir para ocupar a sua posição natural, no meio-campo defensivo. Para além disso, a acutilância dos extremos foi mais evidente, tanto que o adversário parecia pôr-se a jeito em relação a um eventual empate.
As entradas de Diaby e Zé Uilton foram importantes e garantiram maior frescura, mesmo que os lances flagrantes, mesmo com a dupla defesa do guardião cónego, não tivessem aparecido com frequência, contrastando com uma ótima coesão coletiva e defensiva.
Mais do que isso, o Paços de Ferreira voltou a aumentar a série de jogos sem perder, a convencer e, acima de tudo, a garantir a última vaga da Taça da Liga.
Não que tenha sido uma exibição de encher totalmente as medidas, mas valeu pela consistência dos castores, que crescem a cada jogo. O momento é bom, os jogadores estão comprometidos e isso é evidente dentro de campo.
Um jogo as 21h45 com uma temperatura pouco agradável... É para evitar. A situação é extraordinária, sim, mas podem ser estudadas outras alternativas.
Não que tivesse tido influência do jogo, mas o critério de Hélder Malheiro não nos pareceu o mais correto, sobretudo no capítulo das faltas.