Mais um teste ultrapassado com sucesso! Em jogo a contar para a oitava jornada da Liga NOS, o Sporting recebeu e bateu o Moreirense por 2x1, resultado fruto de uma reviravolta e que mantém os leões no topo da tabela classificativa.
Após um jogo de menor exigência, voltou a colocar em campo o seu onze habitual, preservando cinco unidades do último encontro. Já César Peixoto, em estreia absoluta no escalão máximo do futebol português, apostou no jovem Gonçalo Franco para o seu onze inicial, uma vez que não pôde contar com Pedro Nuno (lesionado) e Filipe Soares (com Covid-19).
Os leões foram a primeira equipa a assustar, por intermédio de João Mário, mas os cónegos foram os mais letais. Num rápido contragolpe, André Luís lançou Anthony D'Alberto nas costas de Nuno Mendes e do corredor direito saiu um cruzamento venenoso que Luís Neto (3'), na tentativa de tirar o golo fácil a Walterson Silva, acabou por introduzir a bola na própria baliza.
Depois deste arranque prometedor, o jogo acalmou um pouco, com os forasteiros a controlarem bem a primeira fase de construção da defesa sportinguistas e a serem capazes de explorar o espaço nas costas de Zouhair Feddal, só que sem consequências. Contudo, quando o emblema de Alvalade ultrapassou a teia cónega, causou muito perigo e ameaçou a reviravolta em algumas ocasiões.
Na sequência de um canto, Sebastián Coates deu o primeiro aviso. Posteriormente, Andraz Sporar cabeceou à barra e, no seguimento do lance, Mateus Pasinato teve de aplicar-se para impedir o autogolo de Lazar Rosic. Por fim, a última grande chance de golo nos primeiros 45 minutos esteve no pé esquerdo de Nuno Santos, que foi bem descoberto por Pedro Gonçalves, no entanto viu Mateus Pasinato anular a sua tentativa de chapéu.
O ritmo morno que pautou o final da primeira parte alastrou-se até à etapa complementar. Como era expectável, o ainda líder da Liga NOS foi em busca da reviravolta, tendo expressado esse desejo através de remates de Zouhair Feddal e Andraz Sporar, que Mateus Pasinato encaixou facilmente. Perante este cenário, Rúben Amorim apostou em Jovane Cabral para agitar as águas, retirando Nuno Mendes e puxando Nuno Santos para a lateral esquerda.
Com o Moreirense focado na sua coesão defensiva e a abdicar do ataque, o Sporting continuou a dispor de espaço e bola para engendrar a remontada. Depois dos vários avisos, o tento leonino acabou mesmo por surgir, novamente por intermédio de Pedro Gonçalves (75'), que disparou de fora da área para o fundo das redes cónegas (deu a sensação que Mateus Pasinato podia ter feito mais).
Até ao apito final de Vítor Ferreira, os pupilos de César Peixoto não foram capazes de contrariar a desvantagem e o Sporting acabou por conquistar os três pontos. Assim, o conjunto leonino preservou a liderança, que até pode ser mais confortável, caso Benfica e SC Braga escorreguem.
Noite tranquila para Vítor Ferreira e para a sua equipa. 29 faltas assinaladas e três cartões amarelos exibidos num jogo de fácil condução para o juiz barcelense. Ficam apenas algumas dúvidas no primeiro golo do Sporting, uma vez que a bola bateu no cotovelo de Pedro Gonçalves e ficou jogável (lance carecia de, pelo menos, uma análise por parte do VAR).
Apesar de se ter visto em desvantagem numa fase precoce do encontro, a turma de Rúben Amorim nunca mostrou sinais de desnorte. Sempre com calma e ponderação na construção das jogadas, os leões seguiram o plano de jogo e foram recompensados com um golo valioso da reviravolta, que podia ter surgido mais cedo.
Frente ao líder da Liga NOS, o Moreirense mostrou um bom nível na primeira parte, atacando pela certa e condicionando a construção do jogo leonino. Contudo, na etapa complementar, a turma de César Peixoto acabou por abdicar do ataque e foi castigada com um derrota.