Luís Filipe Vieira tem dito recorrentemente que esta será a última vez que se candidata para a presidência do Benfica e, caso vença, fará nos próximos anos o seu último mandato. Para além disso, o dirigente tem apontado Rui Costa como seu sucessor, tendo mesmo colocado o antigo médio como vice-presidente e braço direito na nova lista. Isso tem válido críticas ao antigo internacional, de ser um «yes man» do atual presidente encarnado. Rui Costa veio agora responder a isso.
«Para aqueles que dizem que sou usado, a minha história de vida se calhar não é diferente de muitos outros jogadores de futebol ou cidadãos, mas eu tenho orgulho nela. Não nasci rico, nasci numa cave na Damaia, lutei toda a minha vida para ser jogador de futebol no Benfica, cheguei a jogador do Benfica, fui para o estrangeiro, estive 12 anos no campeonato mais importante da altura, fui campeão europeu, fui 94 vezes internacional português, fui capitão em todas as minhas equipas, passei a diretor desportivo do Benfica, passei a administrador, fui convidado para ser o número dois da direção de Luís Filipe Vieira e isto não se faz a ser usado por ninguém. Isto não se conquista a ser banana para ninguém. Conquista-se com aquilo que sou, com a responsabilidade que sempre assumi na minha vida em tudo o que faço, quer no Benfica, quer na minha casa, quer nas minhas empresas, quer com a minha família, quer com os meus amigos. Portanto, não permito que me considerem um banana. Não se chega a fazer tudo aquilo que fiz na vida só porque sim», disse em entrevista à Tribuna Expresso.
O antigo capitão do Benfica garantiu ainda que, quando chegar à altura, se não se sentir preparado não avançará para a presidência.
«Apesar de haver muita gente a considerar que eu ando escondido, porque não percebem bem qual é a dinâmica de uma equipa de futebol, nunca fugi às minhas responsabilidades. Se me considerar pronto e apto para o cargo, posso avançar. Caso contrário, serei o primeiro a dizer que não estou pronto», acrescentou.