O Moreirense recebeu e bateu o Marítimo (2x1) na tarde deste sábado, num jogo onde chegou, de forma natural, à vantagem e viu o adversário ficar reduzido a dez no decorrer da primeira parte, mas que não conseguiu fechar a seu tempo.
Os visitantes, elevados por uma segunda parte de alto nível de Amir, ainda acreditaram num resultado positivo, mas o golo de Zainadine não foi suficiente.
Com várias baixas no plantel devido a lesões e um caso positivo de Covid, Ricardo Soares promoveu estreias nas laterais, com o recém chegado Afonso Figueiredo e Nahuel Ferraresi a serem as únicas duas mudanças em relação ao nulo no Jamor (0x0). Pedro Nuno voltou a ter de ser utilizado na frente do ataque por indisponibilidade dos dois pontas de lança do plantel.
O primeiro quarto de hora ficou marcado por muita luta e demasiadas faltas para que a partida fosse diferente do que realmente foi. Pelo meio ainda houve oportunidade de ver algumas faltas durinhas por parte do Marítimo.
Filipe Soares, ao nível habitual, era um dos principais responsáveis pela construção dos cónegos, ora pelo meio, ora pelas alas. Numa das boas jogadas coletivas da equipa, Walterson tocou de calcanhar para o médio, que adiantou para Pires rematar à baliza de Amir. A bola sofreu um desvio em Fábio China e traiu o iraniano, que não deixa de ter alguma culpa no lance. Destaque também o movimento de Pedro Nuno, a arrastar um adversário para o meio e libertar o estreante a marcar.
A dificuldade aumentou para o Marítimo quando Jean Irmer, de forma imprudente, puxou a camisola de Fábio Pacheco e viu o segundo amarelo e consequente expulsão. Os minutos seguintes foram de aperto para os comandados de Lito, que mostraram dificuldade em adaptar-se à inferioridade numérica. Em cima do apito para o descanso, Filipe Soares (quem mais?) conduziu um contra-ataque desde a sua metade e soltou, de forma oportuna, para Pires, que cruzou para Pedro Nuno. Tudo muito eficaz e uma vantagem que se justificava ao intervalo.
Lito Vidigal até já tinha feito duas alterações nos primeiros 45 minutos, mas havia pouco tempo para entrar no jogo. O Marítimo, ainda que reduzido a dez, entrou com vontade de sair de Moreira de Cónegos com algum ponto. Depois de não ter conseguido criar ocasiões de perigo, os insulares abanaram o ataque, mas faltava algum critério na decisão para, realmente, ferir o Moreirense.
A mensagem era simples: libertar a velocidade dos extremos e matar o adversário. Só que Amir, depois ter ficado algo ligado ao primeiro golo sofrido, decidiu redimir-se e tratou de travar todas as investidas do Moreirense. Felipe Pires e Galego, ambos em posição muito favorável para encerrar as contas, permitiram a defesa ao guarda-redes iraniano.
Não marcou o Moreirense, aproveitou o Marítimo. Zainadine, na sequência de um livre lateral, cabeceou de forma subtil para um golo que motivou a equipa nos minutos finais, na tentativa de chegar a um empate que acabou por não surgir. Resultado justo pelo jogo no seu todo, mas uma palavra de apreço pela vontade insular, apesar das circustâncias.
Amir falhou no primeiro golo sofrido, mas reagiu da melhor forma e deu uma oportunidade à equipa de conseguir um resultado nas parte final do encontro já depois de três defesas de grande nível a evitar que o Moreirense chegasse a uma vantagem tranquila.
Jean Irmer fica ligado de forma direta ao desfecho do jogo. Com um amarelo já visto, a maneira como vê o segundo foi imprudente e deixou a equipa em inferioridade numérica, deitando por terra uma oportunidade de chegar a outro resultado.
Artur Soares Dias teve uma exibição positiva e um jogo controlado e sem grandes casos. Foi perentório em expulsar Jean Irmer.