Balde de água gelada. O Benfica está fora da Liga dos Campeões e vai ter de contentar-se com a Liga Europa. Em jogo de estreia da segunda era de Jesus no clube, as águias foram até Salónica e sucumbiram perante o PAOK (2x1) do português Abel Ferreira, em jogo da 3.ª pré-eliminatória da prova milionária.
A mudança no comando técnico, com o regresso de Jorge Jesus, aliada a entrada de vários reforços, deixava algumas dúvidas (e expectativas) em torno das escolhas do treinador português para o primeiro jogo oficial do Benfica. E surpreendeu.
⌚️Apito final: PAOK 2-1 SLB
🇵🇹Abel Ferreira vence o 🦅Benfica pela primeira vez em seis jogos disputados (1V, 1E ,4D)
🚨O técnico português sofreu golos em todos os encontros (18 golos sofridos) pic.twitter.com/g2VT0TNsbu
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Pizzi, que vinha a ser aposta de Jesus no centro, foi opção pelo corredor direito, posição ocupada pelo 21 nas últimas épocas, e o reforço Pedrinho surgiu no apoio ao avançado... Seferovic. O suíço superou mesmo a concorrência de Darwin e Vinícius e apareceu no 11. Everton e Vertonghen foram os dois outros reforços titulares.
Depois de um início de jogo dividido, o conjunto português cresceu e superiorizou-se, assumindo a posse - terminou a primeira parte com 76% de posse de bola - e dispondo das melhores oportunidades, ainda que com alguma dificuldade em penetrar no bloco defensivo helénico.
As melhores oportunidades chegaram de bola parada, embora com desperdício por parte de Seferovic, e de meia distância. Taarabt e Pedrinho obrigaram Zivko Zivkovic a defesas apertadas, e Pizzi atirou de livre ao poste.
Já o PAOK, começou bem e conseguiu perturbar a saída de bola encarnada, mas quase sempre com muitas dificuldades em ter bola em zonas avançadas do terreno. A saída em contra-ataque foi muitas vezes o veneno utilizado pela turma de Abel Ferreira.
Se a primeira parte terminou com boas indicações e deixava boas perspetivas para aquilo que poderia ser a segunda parte dos visitantes, a realidade foi dura para o Benfica.
⌚️Apito final: PAOK 2-1 SLB
🇵🇹Jorge Jesus volta a não estar presente na ⭐️Champions ao serviço do 🦅Benfica:
2020/21, na época de regresso
2009/10, na primeira temporada (a última vez que o clube não tinha estado presente na prova) pic.twitter.com/wjamNR3rHR
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Zivkovic continuou a ser o Zivkovic que brilhou na baliza do PAOK durante os primeiros 45 minutos e, imagine-se, houve outro Zivkovic, este bem mais conhecido para os adeptos benfiquistas, a consumar uma (in)esperada traição.
Mérito do PAOK e/ou muito demérito do Benfica. Uma questão de perspetiva. A verdade é que os encarnados caíram muito de rendimento na segunda parte e viram crescer um PAOK muito mais acutilante no ataque.
Giannoulis desenhou o 1x0, com a ajuda de Akpom e Vertonghen, com o lateral da equipa de Salónica a cruzar para um desvio infeliz do defesa internacional belga.
O golo forçou as mexidas nos dois bancos. Darwin foi aposta de Jesus e Abel Ferreira respondeu com... Zivkovic. Cartada certeira de Abel, pois o ex-Benfica apontou o 2x0, que não festejou por respeito ao seu anterior clube.
Rafa Silva ainda reduziu no tempo de descontos, mas não houve tempo para mais. O Benfica está fora da rota dos milhões e vai ter de contentar-se com os tostões da Liga Europa.
O PAOK soube sofrer no primeiro tempo perante o domínio esclarecedor do Benfica, mas surgiu com outra força na segunda metade. Chegou ao golo, num lance em que aproveitou da melhor maneira algumas das fragilidades do Benfica, e depois foi preciso saber mexer na equipa. Abel mexeu bem, já Jesus...
76% de posse de bola. Número esclarecedor do domínio do Benfica na primeira parte. No entanto, os homens de Jorge Jesus baixaram de rendimento no segundo tempo e não foram capazes de anular o contra-golpe do PAOK.