Todos querem festejar com ele

Quem mais? Marca dois de belo efeito, assiste no Cervi no outro. Vinícius continua a justificar o porquê colocar Seferovic e De Tomas para trás na hierarquia e assume-se como o goleador encarnado na sucessão ao suíço. A pose será feita muitas mais vezes, certamente.

Não foi um elemento em grande evidência no primeiro tempo, mas uma mudança de postura no regresso dos balneários mudou tudo. Chiquinho cresceu, soltou-se entre linhas e com isso o Benfica melhorou de forma significativa. 

Competente, o marroquino. Ao lado de Gabriel, e na ausência de um seis puro, conseguiu ser muito eficiente com e sem bola. Entregou-se ao jogo de corpo e alma, mostrou qualidade no capítulo do passe e robustez física no momento do 1x1 defensivo, sem ser brilhante em qualquer um destes aspetos.

Nem precisou de realizar uma exibição exuberante, mas o capitão surge sempre quando necessário. Foi dos seus pés que saiu uma primorosa assistência para o primeiro de Vinícius e conseguiu vários pormenores deliciosos ao longo do encontro.

Precisou de algum tempo para causar estragos e fê-lo, essencialmente, na reta final dos primeiros 45 minutos, mas a jogada do golo axadrezado passa sobretudo pelos seus pés, apesar do ótimo lançamento de Fabiano. Com a saída precoce na segunda parte, o Boavista perdeu fulgor no ataque. 

Em grande parte dos lances usou mais o coração do que a cabeça, mas pelo menos vontade não faltou. Jogou descaído para o flanco esquerdo e procurou remar contra uma maré quase impossível de navegar, criando um ou outro sobressalto na defesa encarnada. Disse «presente» e provou que pode ser opção regular nas contas de Lito Vidigal.
 

Por se tratar de um jogador nuclear no centro do terreno, um livre perigoso perto do apito final deixa sempre a desejar. Muito apagado, pouca bola e pouco intenso no momento da recuperação. Obiora ainda conseguiu ter mais bola que Rafael Costa, algo que espelha bem a sua apagada exibição.

Uma autêntica sombra. Pelas características e pelo que costuma aportar à equipa, ficou muito aquém. É certo que a Pantera não conseguiu um número elevado de ataques/oportunidades, mas Sauer perdeu a bússola praticamente durante a totalidade do encontro.

Parar Vinícius nunca é tarefa fácil e o experiente central revelou imensas dificuldades para controlar a profundidade e nos duelos defensivos. Para além disso, não demonstrou uma atitude muito correta, ficando uns furos abaixo dos companheiros de setor.