Conceição falou de Stam, da história em Roterdão e da baixa de Corona: «Não estou preocupado»

O FC Porto defronta esta quinta-feira o Feyenoord em Roterdão, em jogo relativo à segunda jornada da fase de grupos da Liga Europa, e Sérgio Conceição compareceu na habitual conferência de imprensa. O treinador dos azuis e brancos começou por falar do homólogo, Jaap Stam, antigo futebolista com quem partilhou balneário nos tempos da Lazio.

«O Stam não era uma pessoa muito expansiva no balneário, mas era um líder, alguém com carácter, tivemos apenas seis meses juntos e depois regressei ao meu clube, o FC Porto. Tive uma convivência fantástica com ele. Olha para o Feyenoord e vejo uma equipa tipicamente holandesa, que marca muitos golos, mas ao ver o duelo deles frente ao Rangers vi alguns comportamentos diferentes, o que é habitual, porque as equipas, muitas das vezes, adoptam posturas diferentes nas competições europeias», afirmou.

Quanto a uma eventual ausência de Corona, Conceição não se mostrou preocupado.

«A dinâmica de uma equipa também tem a ver com as relações entre os jogadores. É importante os colegas saberem o que os defesas, os médios e os avançados fazem. Falamos de um trabalho coletivo em que o defesa deve saber o que faz o médio. Mas não estou preocupado com qualquer tipo de baixa ou quem eventualmente possa render o Corona. Estamos todos focados na mesma dinâmica», sublinhou.

Quanto às declarações do treinador holandês, que apontou o «temperamento» do português como imagem da equipa portista, o timoneiro dos dragões reconheceu a veracidade.

«Em termos teóricos temos um estatuto diferente das outras equipas, mas temos também de correr para ganhar os jogos. O que Stam disse é verdade, transportamos muito do que nós somos. Gosto que as minhas equipas ataquem, mas que também saibam que têm uma baliza para defender», apontou.

Como jogador, Sérgio Conceição apontou um hat-trick na «Banheira de Roterdão» ao serviço de Portugal, num duelo frente à Alemanha, e esse momento que remonta há 19 anos foi motivo de conversa.

«Eu gosto sempre de fazer história e ainda por cima é um orgulho representar o FC Porto. Eu relativizo o que se passou nesse ano. Quando eu estiver desempregado e ai sim vou lembrar me dos bons momentos, e esse fará parte. Agora, enquanto treinador, o foco está no jogo», finalizou.