Depois da derrota com o FC Porto, o Benfica voltou a casa e mostrou que os potenciais fantasmas não existem. No regresso à Luz, a equipa de Bruno Lage mostrou a sua superioridade e venceu o Gil Vicente por 2x0 e mantém-se a um ponto do líder Famalicão.
Este encontro ficou marcado pelas estreias de Ygor Nogueira, Fernando Fonseca, Baraye e Romário Baldé com a camisola dos gilistas, assim como pela utilização da quarta dupla de médios (Fejsa-Taarabt) nos últimos seis jogos, por parte de Bruno Lage.
Neste regresso, após a pausa de Seleções, os encarnados realizaram uma primeira parte ‘a gasóleo’. Perante um Gil Vicente coeso, organizado e a dar pouco espaço entrelinhas, coube a Adel Taarabt a missão de encontrar espaços e linhas de passe.
A fazer uma dupla inédita com Ljubomir Fejsa (acusou a falta de ritmo), o internacional marroquino causou os primeiros estragos logo aos 10 minutos: isolou Pizzi e este foi derrubado pelo estreante Ygor Nogueira. Na conversão do castigo máximo, Pizzi permitiu a defesa a Denis.
À passagem da meia-hora, após um cruzamento de André Almeida, Pizzi surgiu ao segundo poste, a atirar para uma defesa ‘à futsal’ de Denis (Raúl de Tomás falhou a recarga). Na resposta, Sandro Lima fugiu a Rúben Dias e ainda assustou Odysseas Vlachodimos com um cruzamento perigoso, ao qual Lino não respondeu.
Quando o nulo ao intervalo parecia um dado adquirido, Adel Taarabt descobriu Rafa Silva na direita com um passe a rasgar e o internacional português cruzou para o desvio infeliz do azarado Ygor Nogueira. Estava aberto o ativo na Luz, pouco antes do apito de João Pinheiro.
No regresso dos balneários, Vítor Oliveira promoveu mais uma estreia: entrada de Romário Baldé para o lugar do apagado Lino. E o primeiro lance de perigo foi mesmo dos homens de Barcelos, através de uma boa iniciativa de Bozhidar Kraev, que rematou para fora. Na resposta, Pizzi colocou a Luz a gritar golo, mas o seu cabeceamento terminou nas malhas laterais da baliza gilista.
No meio deste controlo encarnado, o inconformado Kraev voltou a assustar Vlachodimos, mas o seu remate esbarrou no grego e a recarga saiu ao lado. Depois do búlgaro, já perto do minuto 90, Sandro Lima fugiu à defesa encarnada, marcou, mas estava em posição irregular.
Até ao apito final, não houve alterações e os três pontos ficaram na capital. Nota ainda para Raúl de Tomás que, apesar de continuar sem marcar, recebeu a ovação da noite (quando saiu para dar lugar a Jota), e para Tomás Tavares, que quase se estreou pela equipa principal do Benfica... mas não houve tempo.
Já não é propriamente uma novidade, mas neste jogo fez a diferença. A sua visão de jogo (capacidade de passe acima da média) e a entrega que mostra (várias recuperações de bola) contagiam os que jogam à sua volta
Vítor Oliveira mexeu em toda a sua estrutura defensiva e, além de Fernando Fonseca, também Ygor Nogueira fez a sua estreia. No entanto, as coisas não correram bem ao canarinho: um penálti cometido e um autogolo. Estreia azarada.