Numa altura em que tem sido falada a hipótese de um regresso ao Benfica, Jorge Jesus admitiu que pretende voltar ao futebol português, mas garantiu que nesta altura só pensa em cumprir o contrato com o Al Hilal. Em entrevista à Sport TV, o técnico garantiu, porém, que a notícia de que Aimar e Luisão estariam a ser preparados para serem seus adjuntos na Luz não é de todo do seu conhecimento.
«É uma novidade para mim. Não sei de nada. Se isso fosse verdade, eu teria de saber de alguma coisa. Nunca me convidaram para regressar ao Benfica e quem me conhece sabe que uma das minhas prioridades, sem falar nas condições financeiras, é a minha equipa técnica. Eu é que a escolho. Se me disseres: mas esses são dois ex-jogadores teus e gostas muito de formar ex-jogadores como treinadores... isso é outra questão. Praticamente não falo com o Luisão, a última vez foi num Sporting x Benfica em que ele jogou e cumprimentou-me. No primeiro ano os jogadores do Benfica não me cumprimentavam. Eu percebo isso perfeitamente, havia uma guerra por eu ter mudado e eles tinham diretrizes. Para mim isso é uma surpresa, uma novidade. Não passa de surpresa e novidade, porque o que penso é em maio acabar aqui o meu contrato, sair daqui campeão».
«Eles pedem muito para sermos vencedores da Champions da Ásia, mas isso só acaba em outubro. Só se eu ficasse mais um ano é que poderia estar nos quartos-de-final ou meias-finais», recordou.
O treinador garante, de resto, que planeia resistir à tentação dos milhões na Arábia Saudita: «Já propuseram dinheiro que nenhuma equipa do mundo me paga, também se pensa na seleção... eu se tivesse 40 e poucos anos não saía mais da Arábia Saudita. Eu não tenho essa idade. Se tiver a possibilidade de regressar ao meu país para aquilo que quero, vou regressar, sabendo que vou perder muitos milhões. Quero estar no meu cantinho, com os meus amigos, a sentir essa pressão diária. Se ficasse mais dois anos na Arábia Saudita até podia chegar a Portugal e ser presidente de um clube. Ser presidente e treinador», gracejou.