Os destaques do embate no Dragão
Foi aqui que nasceu Vitória
Guarda Redes
35 anos
Douglas
Um castelo de segurança
Que valente exibição do dono da baliza vimaranense. Não tinha sido feliz nas duas primeiras jornadas, sendo batido em quatro ocasiões, mas o jogo do Dragão é para mais tarde recordar. Sofreu dois golos na primeira parte, é certo, mas, no melhor momento da equipa de Sérgio Conceição, deu segurança e estabilidade ao seu coletivo com um par de defesas de grande classe - parou tentativas de Herrera e Felipe. No segundo tempo, em três minutos, já depois do Vitória ter consumado a reviravolta, o brasileiro travou um remate de Óliver, um cabeceamento de Marega (que reflexos!) e a tentativa de Herrera. Um autêntico castelo de segurança. Um verdadeiro patrão
O capitão foi Pedro Henrique, mas João Afonso, na casa do campeão nacional, vestiu a pele de patrão da defesa vimaranense. Vigiou bem as movimentações (algo previsíveis) de Aboubakar e André Pereira e brilhou em dois momentos para evitar golos certos da equipa portista. Na primeira parte, após jogada de combinação, o defesa tirou o pão da boca a Aboubakar, já na grande área, guardando para o segundo tempo o outro momento decisivo de brilhantismo no jogo, ao travar as intenções de André Pereira. Os avançados azuis e brancos vão ter, no mínimo, pesadelos com o defesa português. Avançado
28 anos
Yacine Brahimi
Sem ele não há lugar a festa
O argelino está, definitivamente, no ponto. A viver um início de época diabólico, o extremo voltou a picar o ponto de uma forma brilhante, com um golo de bandeira que materializou um conjunto portista mais capaz e mais incisivo no último terço. Na ala ou em terrenos mais centrais, o artista de serviço do campeão nacional esteve sempre pronto a desequilibrar, criando uma série de lances que colocaram a cabeça em água aos defesas Conquistadores. Depois de ter saído por lesão, o Dragão desapareceu, no que ao ataque diz respeito. Não será coincidência a mais? Médio
26 anos
Alhassan Wakaso
Foi (quase) tudo dele
Não começou a partida da melhor forma, com alguns erros e um cartão amarelo madrugador, sempre perigoso para alguém que jogue na zona intermediária do campo. Depois da punição de Fábio Veríssimo, partiu para uma exibição de qualidade, com inteligência no posicionamento, força no desarme e no confronto e consistência no passe. Tem sofrido na pele as novas ideias de Luís Castro, mas foi um símbolo da qualidade vimaranense na casa do campeão nacional. Deu impulso
Que bela entrada do antigo jogador do FC Porto. Em desvantagem no marcador, o centrocampista português assumiu a reação vimaranense, com personalidade, crença e qualidade. O golo do empate, marcado por uma das imagens de marca do jogador que procura uma segunda via na Cidade Berço, a meia distância, serviu apenas para coroar uma noite de bons apontamentos num grande palco do futebol português. Tem demonstrado alguma inconsistência ao longo da carreira, mas, numa equipa que promove um jogo ofensivo, o jogador formado no Olival pode ter o seu tempo. Médio
26 anos
Sérgio Oliveira
Em falência
No relvado do Dragão, Sérgio Oliveira, que tinha sido feliz na primeira jornada, diante do Chaves, teve uma noite pouco produtiva. Passou ao lado na melhor fase da sua equipa, deixando para Herrera o comando da manobra atacante, e esteve pouco disponível na segunda parte, quando o seu coletivo entrou em falência tática. Diante de um meio-campo aguerrido e com personalidade, Sérgio Oliveira foi engolido pela crença vimaranense. E Óliver ainda entrou bem para os últimos minutos...