Há pouco mais de um ano, Nélson Lenho ficava, como capitão do Chaves, às portas do Jamor. A receção ao Vitória na segunda mão das meias-finais terminou com triunfo flaviense mas faltou um golo para chegar à final. Nélson Lenho tinha então 33 anos e achava que não haveria nova oportunidade. Mas houve, agora com a camisola do Aves.
«O ano passado ficou-me marcado, achei que era o fim de um sonho, mas foi um adiar. Agora conseguimos esse feito e é muito bom para todos os jogadores, para mim porque era um objetivo pessoal», começou por recordar o lateral em lançamento da partida, no estádio do Aves.
Titular nos dois jogos das meias-finais diante do Caldas, o experiente lateral, natural de Viana do Castelo, falou na final da Taça como «um prémio para todos», com o pensamento «de poder ganhá-la, e a Liga Europa começa também a entrar nas nossas cabeças, como é óbvio, porque é possível».
Quer o Aves vá ou não à Europa, sabe já que continuará entre os grandes do futebol português na próxima temporada, tendo assegurado a manutenção. Lenho realçou a dimensão do feito.
«Foi muito duro, porque no fundo foi construir uma equipa de raiz. Quando os clubes sobem à Primeira Liga, no primeiro ano é muito difícil aguentarem-se. A estatística diz que nem sempre os que sobem se aguentam».
Pela posição que ocupa, Nélson Lenho sabe que deverá ter pela frente no seu flanco Gelson Martins, um dos mais irreverentes jogadores do futebol nacional e que terá de ser alvo de atenção redobrada.
«É um jogador de que eu gosto, já lhe dei os parabéns pelo grande jogador que é, um jogador que respeito, e se jogar vou ter que levar com ele. Tranquilo, normal», realçou o lateral.
«Como é óbvio, nós sabemos que o Gelson tem muita qualidade, é sempre um jogador em atenção, obriga-nos a ter uma concentração maior... mas ele também tem que ter cuidado connosco», atirou um bem-humorado Nélson Lenho.
2-1 | ||
Alexandre Guedes 16' 72' | Fredy Montero 85' |