Oito anos depois, o Benfica vai voltar a marcar presença na final da Taça de Portugal após eliminar o Paços de Ferreira por um total de 3x1, fruto de uma vitória por 2x0 na capital do móvel e do empate a uma bola no Estádio da Luz.
Numa época que pode ser de sonho, pois está em vantagem na luta pelo campeonato e pode chegar à final da Liga Europa, o Benfica garantiu a primeira final da temporada, embora tenha perdido o registo imaculado de golos sofridos na Taça de Portugal, pois com o empate a uma bola sofreu o primeiro golo.
Esta noite, apesar do empate, desde o apito inicial se percebeu que as duas equipas davam a eliminatória como praticamente resolvida e por isso foi sem surpresa e sem dificuldade que os comandados de Jorge Jesus garantiram o passaporte para o Jamor. Na final vão encontrar o Vitória de Guimarães ou o Belenenses e tentar conquistar a prova que lhes foge desde 2004.
Primeira parte não teve golos mas não faltaram oportunidades
Melhor oportunidade da primeira parte foi de Cardozo mas a bola foi ao poste ©Carlos Alberto Costa
Apesar dos dois golos de vantagem na eliminatória, Jorge Jesus não poupou no 11 que apresentou frente ao Paços de Ferreira. Com isso, o Benfica geriu de forma serena o encontro no Estádio da Luz e, como era expectável, criou mais situações de golo que os pacenses.
Gaitán, logo aos quatro minutos, e Cardozo, três minutos depois, colocaram Cássio à prova mas o guarda-redes brasileiro mostrou-se atento e com dois voos segurou o 0x0. Pouco depois, à passagem do primeiro quarto de hora, surgiu a grande ocasião de golo dos encarnados na primeira parte, com Cardozo, de forma acrobática, a rematar ao poste.
Com o jogo a ser dominado pelo Benfica, o Paços de Ferreira apenas por uma vez conseguiu chegar junto da baliza de Artur Moraes e quando o fez foi com perigo. Josué lançou Paolo Hurtado e o peruano, perante o guarda-redes dos encarnados, não teve a frieza necessária para o bater e permitiu a sua defesa, perdendo a possibilidade de colocar os nortenhos em vantagem e de relançarem a eliminatória.
Desde esse lance, Ezequiel Garay, de livre, ainda obrigou Cássio a mais uma defesa, mas mais perto do golo esteve Salvio que, já em tempo de compensação, rematou em arco e viu a bola a sair a centímetros do poste, num lance em que o guardião pacense estava batido.
Cardozo dá vantagem e Cícero empata
Na segunda parte manteve-se a toada da primeira, com o Benfica por cima do Paços de Ferreira, que não mostrou grande vontade em tentar a surpresa no Estádio da Luz.
Cardozo deu vantagem ao Benfica mas Cícero conseguiu o empate ©Carlos Alberto Costa
Aos 53 minutos, Salvio ameaçou o golo com um remate por cima, mas o 1x0 acabaria mesmo por surgir no minuto seguinte, por intermédio de Óscar Cardozo. O paraguaio, no coração da área, rematou rasteiro após cruzamento de Gaitán e bateu Cássio, aumentando sem surpresa a vantagem do Benfica no conjunto das duas mãos para 3x0.
A partir do golo do Benfica, o jogo entrou num ritmo ainda mais baixo e os jogadores passaram a jogar mais longe de ambas as balizas, pelo que os poucos remates que surgiram foram surgindo aconteceram apenas de longe. Paolo Hurtado, aos 72 minutos, e Lima, cinco minutos depois, foram os únicos que ousaram incomodar os guarda-redes adversários.
No entanto, o Paços de Ferreira conseguiu chegar ao empate e, pela primeira vez esta temporada, evitar perder com o Benfica. Num lance de pura desconcentração dos encarnados pelo facto do apuramento estar praticamente garantido, Maxi Pereira ofereceu a bola a Cícero e o pacense, já na área, não teve dificuldade para bater Artur Moraes.
Até ao final, o Benfica, embora sem pressionar muito, ainda tentou evitar o empate. Contudo, Lima, que teve a melhor oportunidade desde o golo dos castores, rematou por cima e o 1x1 permaneceu no marcador até ao apito final do árbitro.
BENFICA
EMPATE
PAÇOS DE FERREIRA