Arquivo: Edição de 13-09-2007

Desporto

Equipa comandada por Filipe Rego obteve primeira vitória no Nacional da III Divisão
Chaparro bisou e o Fazendense ganhou ao Estrela de Portalegre


O dianteiro da equipa de Fazendas de Almeirim teve uma tarde certeira com tentos marcados aos 23 e 41 minutos, numa partida marcada pela arbitragem de uma senhora, Ana Raquel Brochado.




Dois golos de Chaparro m...ler comentário completo »

Arquivo: Edição de 13-09-2007

Desporto

Equipa comandada por Filipe Rego obteve primeira vitória no Nacional da III Divisão
Chaparro bisou e o Fazendense ganhou ao Estrela de Portalegre


O dianteiro da equipa de Fazendas de Almeirim teve uma tarde certeira com tentos marcados aos 23 e 41 minutos, numa partida marcada pela arbitragem de uma senhora, Ana Raquel Brochado.




Dois golos de Chaparro marcados durante a primeira parte deram ao União Desportiva Fazendense os primeiros três pontos na série E do Campeonato Nacional da III Divisão frente ao Estrela de Portalegre.

A equipa de Filipe Rego começou o jogo a atacar a baliza adversária. Chaparro e Diogo Diogo deram os primeiros sinais de perigo com remates de fora da área.

O Fazendense passou depois por cerca de 15 minutos de desacerto com muitos passes falhados e a permitir contra-ataques dos alentejanos. Num desses lances Canoa chocou com o guardião Rogério mas a árbitra não assinalou grande penalidade.

Ao minuto 23 chegava o golo dos anfitriões. Marmelo recebeu a bola de costas para os centrais adversários e desmarcou com classe Chaparro que fuzilou a baliza de Luís Romão. O empate poderia ter chegado na jogada seguinte mas Tavares desfez na pequena área um remate de Rudolfo.

Com a vantagem no marcador o Fazendense aproveitou para dominar a partida. Não foi de estranhar que surgisse o 2-0 num lance semelhante do primeiro tento. Chaparro voltou a desmarcar-se no corredor direito e perante um defesa rematou rasteiro. O guarda-redes Luís Romão tentou a defesa com os braços mas a bola passou entre ele o poste, num “frango” que sentenciou o resultado, apesar dos protestos dos forasteiros que pediram fora de jogo do avançado.

O segundo tempo foi caracterizado pelo maior domínio da equipa da casa e pelo desacerto dos avançados do Estrela de Portalegre. Pior fez Marmelo que graças a um “brinde” de um defesa ficou frente a Luís Romão e não conseguiu fazer o 3-0 aos 58 minutos.

Até final do encontro os avançados do Estrela remataram mais para fora do campo que na direcção da baliza de Rogério, que teve uma tarde tranquila. Franklim também não fez melhor ao cabecear uma bola por cima da barra já na pequena área após centro de Diogo Diogo. Dois golos anulados ao Fazendense em cada parte deixaram dúvidas, um por fora de jogo e outro em que foi marcado pé em riste.

Com o apito final chegaram os primeiros três pontos para o Fazendense, que teve em Chaparro a marcar e em Marmelo a distribuir jogo, os melhores elementos. A árbitra Ana Raquel Brochado, da Associação de Lisboa, rubricou uma boa exibição e não permitiu excessos aos jogadores. Aliais, diga-se que os atletas de ambas as equipas, salvo excepções, perderam-se em “mimos” com a juíza da partida.


Vitória motivadora

antes de deslocação à Madeira

Para o técnico do Fazendense a partida com o Estrela de Portalegre é exemplificativa do equilíbrio previsto para todos os jogos da série E. Filipe Rego referiu que o jogo foi muito competitivo e considerou normal que alguns resultados venham a ser construídos mais pela atitude e nem sempre bem jogados, como foi o caso.

“As melhores oportunidades de golo pertenceram-nos e houve dois golos anulados, lances sobre os quais tenho dúvidas. O resultado é justo e nos últimos dois jogos marcamos três golos e não sofremos nenhum”, realçou Filipe Rego. Que antevê deslocação difícil ao campo do Santana, Madeira, na próxima jornada.

Quanto à líder da equipa de arbitragem o técnico sempre foi dizendo que para uma senhora num campeonato de homens a arbitragem esteve muito bem. Já o avançado Chaparro, que marcou dos dois tentos do Fazendense, preferiu realçar o fruto do trabalho semanal e colectivo do plantel.

Sobre o facto de se ter dirigido à árbitra quando foi substituído, Chaparro disse que apenas a cumprimentou e lhe desejou lhe boa sorte. “Nestes casos há que ter mais cuidado com certas expressões em campo do que face a um árbitro homem”, gracejou o atleta.

Para o técnico do Estrela de Portalegre, Ricardo Pinto, a sua equipa não entrou bem no jogo e teve dificuldade em adaptar-se ao relvado sintético. “Tivemos um erro infantil no primeiro golo e o segundo golo foi fora de jogo. Na segunda parte equilibramos as coisas. Não desculpando o resultado com a arbitragem, mas hoje teve aqui uma senhora que não sei se tem condições para apitar futebol”, referiu o técnico. Acrescentando que o desacerto dos seus avançados e a actuação da equipa de arbitragem “não deixaram” marcar golos.



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