A tempestade passou e estou mais calmo. O discerniimento é outro e a racionalidade também. Vou dividir este artigo em duas partes: numa falarei no que realmente me chateia (FC Porto e a sua forma de jogar). Na outra, o que incomoda (os juízes de jogo e os seus critérios).
O FC Porto entrou ontem com a certeza que, se ganhasse, ficaria três pontos à frente do rival Benfica. Mas entrou nervoso e impaciente. Tentativas atrás de tentativas de cruzamentos sem qualquer êxito. A procura pela profundidade e bola longa foram quase sempre anuladas pela defesa do Rio Ave, que esteve bem defensivamente durante todo o jogo. A pressão imediata à perda da bola não existiu, o que obrigava depois à equipa a um desgaste redobrado e uma desorganização em campo. O Rio Ave mostrou perigo nesses momentos e por pouco que os dissabores não era maiores. Resumindo: foi um Porto com pressa em chegar ao golo, previsível na sua forma de jogar e anulado com eficácia pelo adversário.
A tranquilidade a esta hora poderia ser outra, mas até ao fim do ano levaremos com esta irregularidade. Ainda assim, ninguém diga que está bem, pois este ano não há "um melhor".
O que me incomoda: VAR e critérios dos árbitros. O tempo de espera por uma decisão é demasiado. Cria uma ânsia tamanha nos adeptos e
jogadores, já para não falar na quebra de ritmo de jogo. Basicamente, é uma perda de tempo sem ser amarelada. Atenção, não estou contra o VAR mas sim contra a demora da sua utilização e respetiva decisão. A verdade deve ser sempre reposta mas não se percebe porque leva tanto tempo.
Quanto aos árbitros, mudam de jogo para jogo assim como os critérios. 99% da comunidade concorda que ficou grande penalidade por marcar aos 55 minutos sobre o Marega mas existe aquele 1% (os oficiais de jogo) que não acharam tal. Gostaria de ler uma explicação plausível destes intervenientes sobre a falta não marcada, porque é falta aqui e em qualquer lugar. Não é daquelas faltas do "ao mínimo toque cai". Não entendo como é que não há uma voz superior capaz de ajuizar corretamente as coisas como elas nitidamente são. São este tipo de lances que definem a história de um jogo e não podem ser justificados como "não fizeram nada mais e por isso não podem recorrer a isso". Podem sim. Aliás, devem. Uma coisa não pode invalidar a outra. Não é justificável. A exibição medíocre não pode ser uma "superior justificação" para às queixas das infrações não marcadas.
Concluo então dizendo que o FC Porto não está bem, mas que os fatores externos também não. E cada um depende de si para melhorar o espetáculo e não criar burburinhos e confusões semana após semana.