Reação de líder

O líder começou por tremer e acabou a golear (1x4). Na visita ao Jamor para jogar com o Belenenses SAD, a equipa azul e branca entrou mal e sofreu no primeiro lance de bola parada, mas reagiu bem, especialmente após a expulsão de Yaya. Evanilson, com três golos, e Fábio Vieira, com três assistências, foram as figuras de uma partida que voltou a contar com os dotes de desbloqueador de Francisco Conceição.

Arranque fez tremer o líder

O campeonato deu a volta, mas começou da mesma forma para Belenenses SAD e FC Porto. No duelo entre primeiro e último, a superioridade do líder do campeonato fez-se sentir, mas só depois de o Belenenses SAD, que entrou bem na partida, marcar um golo e ficar a jogar com 10.

Sem uma opção direta para a posição de lateral direito, a aposta recaiu em Bruno Costa, mas o internacional sub-21 português não esteve muito tempo em campo, acabando por sair ainda na primeira parte, numa altura em que os azuis e brancos estavam já em desvantagem.

No primeiro grande jogo desde que assumiu o papel de treinador principal do Belenenses SAD, Franclim Carvalho foi arrojado na estratégia, que até resultou nos minutos iniciais. A espaços, o Belenenses SAD conseguiu ter bola e ensair alguns ataques, embora fossem os dragões a controlar a partida.

Depois de marcar frente ao Arouca, Abel Camara fez o mesmo ao FC Porto ©Catarina Morais / Kapta +

Sem grandes armas ofensivas - a referência, Abel Camara, jogou a extremo direito -, o Belenenses SAD sabia que as bolas paradas podiam ser uma arma a aproveitar frente à segunda melhor defesa do campeonato e, no primeiro canto a favor, foi o próprio Abel Camara a adiantar a equipa de Franclim Carvalho no marcador.

Apesar do ascendente portista, Vítor Bruno, no lugar de treinador principal perante a suspensão de Sérgio Conceição, sabia que a equipa tinha de dar mais para dar a volta ao marcador, até porque se esperava um Belenenses SAD menos arrojado nos momentos com bola e à procura de algumas quebras do ritmo de jogo. 

Foi precisamente isso que aconteceu, embora Luiz Felipe começasse a ser chamado a intervir cada vez com mais frequência. Só que, aos 31 minutos, Yaya, que viu um amarelo praticamente na primeira falta do encontro, foi imprudente e acabou por ser expulso, complicando ainda mais uma tarefa que por si só já se adivinhava difícil.

Yaya foi expulso e FC Porto reagiu com golo ©Catarina Morais / Kapta +

Só foi preciso um Conceição

Para o FC Porto, a boa notícia da expulsão de Yaya não veio sozinha. A reação à superioridade numérica não podia ter sido melhor. Evanilson foi inteligente na movimentação e o atraso na recuperação de Tomás Ribeiro permitiu o empate à equipa de Vítor Bruno, que, desde o banco, respondeu ao golo com uma alteração ofensiva.

Evanílson fez um hat-trick ©Catarina Morais / Kapta +

O objetivo passava claramente por chegar à vantagem antes do intervalo, algo que facilitaria a segunda parte da equipa azul e branca. Um golo que ainda aconteceu, mas que foi anulado por fora de jogo de Luis Díaz a passe de Taremi, surpreendentemente suplente mas aposta para o lugar de Bruno Costa, que obrigou ao recuo de Pepê para lateral direito.

Não deu para resolver no primeiro tempo, mas a segunda parte pertenceu por completo à equipa portista, especialmente depois da entrada de Francisco Conceição.

Depois de ter resolvido na Amoreira, o esquerdino voltou a ser desbloqueador no Jamor, desta vez sem o pai no banco de suplentes. O impacto foi imediato e a jogada para o bis de Evanilson ficou marcada pelo brilhantismo e repentismo do jovem portista.

O desbloqueio foi completo e traduziu-se em goleada, com Fábio Vieira a chegar ao hat-trick de assistências e Evanilson ao hat-trick de golos. Pelo meio deu para Taremi também faturar e Luis Díaz falhar um penálti (excelente intervenção de Luiz Felipe) que o próprio havia conquistado.

Não começou fácil, mas a expulsão de Yaya e a entrada de Francisco Conceição ajudaram a ver a luz perante o lanterna vermelha. O Belenenses SAD entrou bem, mas se com 11 já não seria fácil bater o líder, com 10 foi mesmo uma missão impossível.