Que corrida imparável! O FC Porto tinha apenas 45 minutos para virar o jogo com o Estoril e foi isso mesmo que os dragões conseguiram fazer, com distinção. A equipa azul e branca regressou ao Estádio António Coimbra da Mota com todo o gás e determinação e encontrou um Estoril que nunca conseguiu mostrar aquilo que tinha feito antes da interrupção da partida. Resultado? Os dragões acertam o calendário com mais três pontos na classificação, depois de vencer o Estoril Praia por 1x3 e ficam agora com mais cinco pontos do que Sporting e Benfica. Se faltava algum teste à equipa de Sérgio Conceição, este foi, com toda a certeza, passado com nota máxima.
37 dias depois, Estoril e FC Porto voltaram a encontrar-se, para jogarem os 45 minutos de uma partida que tinha sido interrompida numa altura em que os canarinhos venciam por 1x0. Se em apenas um dia muito pode mudar, o que dizer com mais de um mês de diferença? Passou o mercado de transferências, vários jogos para ambas as equipas, lesões e novos jogadores para cada um dos lados. As restrições impostas pela Liga (jogadores que não estavam inscritos não podiam jogar, por exemplo), levaram Ivo Vieira e Sérgio Conceição a fazer várias mexidas, perante contingências claramente distintas.
Reação em forma de furação
Os dragões regressavam ao Estádio António Coimbra da Mota em desvantagem e tinham apenas 45 minutos para inverter o resultado. Uma possível reviravolta deixava os rivais pelo título a cinco pontos de distância e, por isso, os portistas entraram a todo o gás. As recordações da primeira metade são já ténues nas memórias de quem assistiu a partida, mas, no último lance de relevo dessa primeira parte, os dragões tinham atirado à barra. A distância temporal entre as duas partes acabou por não alterar aquilo que aconteceu entre um dos maiores intervalos da história (provavelmente, o maior). O FC Porto entrou completamente desperto e demorou menos de 15 minutos a conseguir a reviravolta e o aviso surgiu logo na saída de bola. Marega, o tal que tinha atirado à barra antes do intervalo, deu o primeiro alerta, Renan travou o segundo, saído dos pés de Herrera, mas depois nada fez quando Alex Telles acaba por marcar de livre direto, numa zona distante da baliza estorilista.
Últimos 5 jogos de Soares:
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— playmakerstats (@playmaker_PT) 21 de fevereiro de 2018
O Estoril nada estava a conseguir fazer perante a forte pressão portista e nem um novo azar (Alex Telles lesionou-se e Diogo Dalot foi obrigado a entrar) fez com os portistas tirassem o pé do acelerador, muito pelo contrário. Quando os jogadores se dirigiram para os balneários (na primeira parte, claro), Soares era um dos que ia entrar e o destino acabou por confirmar que o brasileiro seria importante para Conceição, nem que tivesse de esperar 37 dias para fazer a diferença nesta partida. O avançado anda novamente de pé quente e depois de ter estado no primeiro golo portista, foi ele a encostar para o segundo. E assim, num ápice, uma desvantagem que durou 37 dias tinha chegado ao fim. Os dragões estavam em vantagem e, agora, o tempo estava favorável à equipa de Sérgio Conceição.
A força com que o FC Porto entrou em campo abalou por completo um Estoril Praia que apenas se conseguiu aproximar da baliza de Casillas de bola parada. Os dragões não deixavam jogar e foram à procura do golo que desse maior tranquilidade e permitisse baixar um ritmo que até então estava o mais elevado possível. O golpe final, dado pelo bis de Soares, permitiu isso mesmo e, até final do encontro, até foram os dragões a estar mais perto de marcar. Foram 45 minutos de muita intensidade a que a equipa de Ivo Vieira nunca conseguiu responder e, assim, o FC Porto lidera agora de forma mais confortável o campeonato, com mais cinco pontos que Benfica e Sporting. Mais do que isso, os azuis e brancos podem ter ganho, aqui, uma almofada motivacional para o que resta da temporada.