A Alemanha derrotou a Eslováquia por 3x0, este domingo, e está nos quartos de final do Euro. A história do encontro é bem simples de contar, tão simples quanto esta Alemanha fazer parecer os vários momentos de jogo. Cultura tática, técnica, física e qualidade individual bem espelhadas no relvado de Lille. É certo que a Eslováquia não é propriamente uma seleção de topo mundial mas se esta Alemanha não é perfeita, não anda muito longe.
Gómez na frente
Mario Gómez e Kimmich foram titulares no 11 de Joachim Löw. Do lado eslovaco, foram feitas quatro alterações em relação ao último jogo da fase de grupos, frente à Inglaterra.
A mannschaft cedo tomou conta da posse, foi circulando e tentando desmontar a defesa eslovaca - fosse com várias unidades metidas no bloco adversário ou com uma variação rápida do centro de jogo. Os laterais Hector e Kimmich estavam sempre bem abertos e Kroos funcionava como placa giratória da equipa, contando com Özil em apoio.
Ninguém marca à mannschaft
Khedira a fechar
No momento ofensivo alemão, os laterais Hector e Kimmich subiam e davam muita largura. Aí, Khedira ficava sempre atrás no apoio aos centrais Hummels e Boateng para qualquer eventualidade de contra-ataque do adversário.
Uma Alemanha intensa no relvado de Lille só podia ter como resultado um golo nos primeiros minutos. Aos oito, canto para a mannschaft e Boateng rematou forte e certeiro, de fora da área, depois de um alívio da defesa eslovaca. O resultado podia ter sido ampliado pouco depois de penálti (falta de Skrtel sobre Gómez) mas Kozacik levou a melhor sobre Özil no duelo dos 11 metros. Como levou a melhor em outras mais situações de golo que a Alemanha foi construindo.
Alemanha muito superior
Inteligente a gestão tática feita pela Alemanha no começo do segundo tempo. Permitiram que os eslovacos fossem crescendo para depois marcar. Concentração defensiva máxima, meio-campo e ataque muito poderosos.
Só perto do final do primeiro tempo é que a Eslováquia conseguiu respirar e criou uma situação de perigo, que Neuer defendeu. Logo depois, chegou o 2x0 para a mannschaft. Jogada fenomenal de Draxler na esquerda que, depois de driblar o seu marcador, ofereceu a Gómez o golo. Ao intervalo, o 2x0 era um "castigo" pesado para os germânicos.
Para o segundo tempo, a Eslováquia levou mais um homem de meio-campo, na tentativa de condicionar o jogo alemão. É verdade que os eslovacos cresceram e que a seleção de Löw baixou muito o ritmo e a intensidade. Porém, ficou sempre a ideia de que era uma gestão pensada por parte da Alemanha e que a qualquer momento novo golo podia aparecer. Dito e feito, aos 63', por Draxler que bateu Kozacik na sequência de um canto. O resto foi uma gestão tranquila e em posse no campo da Alemanha que não forçou muito e está com naturalidade na próxima fase da prova.