![Qualificação Mundial [CONMEBOL]](/img/bandeiras/35_comp_wc cmb.gif "Qualificação Mundial [CONMEBOL]"){kind=small}
Lotação5 600
Medidas106x65
Inauguração2006
29/04 - 19:45
29/04 - 20:00
29/04 - 20:15
30/04 - 19:00
30/04 - 19:45
30/04 - 20:00
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30/04 - 19:45
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A equipa de Daniel Sousa é um regalo para aqueles que gostam de futebol bem jogado. Não precisa de se esforçar muito. As ideias estão claras, a dimensão do perigo está sempre presente. Neste domingo apanhou um Boavista frágil e não precisou de se esforçar muito para ganhar. Pelo meio dos golos, ainda desperdiçou duas grandes penalidades.
A entrada em jogo não surpreendeu ninguém. Apesar da vontade do Boavista em esticar o jogo, a ligação entre meio campo e ataque não existiu e quando houve foi recheada de erros. O Arouca apresentou-se sem pressas. Os rapazes de Daniel Sousa souberam recuperar a bola, fazer as habituais triangulações pelos setores e chegar à frente, descobrindo o espaço entre o setor intermédio do Boavista.
A equipa do distrito de Aveiro soube neutralizar os panteras e o encontro passou a ter um só sentido: a baliza de João Gonçalves. Ainda era uma fase muito permatura do jogo, mas o Arouca ativou o modo carrossel. David Simão e Pedro Santos foram maestros das fantasias de Cristo González, Remeseiro e Mujica.
Os Lobos agitaram com o desafio e os axadrezados tiveram a primeira crise de identidade. Abascal foi o primeiro a cometer um erro, depois de fazer uma grande penalidade sem sentido, mas Cristo González acertou na barra. Depois, apareceu o erro de Sasso, mas Mujica não perdoou e fez o primeiro golo do Arouca.
O golo soltou a equipa de Ricardo Paiva. Na velha expressão de perder por um, perder por 1000, o Boavista esticou os avançados e passou a jogar mais no meio campo ofensivo. No entanto, a manta ficou curta e o Arouca não perdeu tempo em mostrar as fragilidades dos axadrezados. O lance do segundo golo foi uma imagem clara disso: uma equipa a chegar mais cedo e a outra a correr atrás. Weverson finalizou com grande classe.
Se o jogo podia ficar pior para o Boavista, ficou. Ainda na primeira parte, os axadrezados ficaram sem Seba Pérez, que viu vermelho e viram Malheiro fazer um novo penálti, mas Cristo González voltou a não conseguir bater João Gonçalves, depois de acertar na barra.
O intervalo acabou por ser bom conselheiro das panteras. A equipa da cidade do Porto apareceu com a clara noção de que pior não podia ficar e mostrou um ar da sua graça.
A entrada do Boavista foi implacável: em menos de dois minutos reduziu o marcador e colocou o Arouca cheio de dúvidas, mesmo estando a jogar com menos um jogador.
Mas os comandados de Ricardo Paiva tiveram de correr muito mais que o adversário e isso sentiu-se no decorrer da segunda parte. O Boavista optou sempre por um estilo de jogo mais direto, mas a defesa do Arouca nunca teve grande perigo junto da baliza.
Por outro lado, o Arouca ainda marcou mais uma vez, mas o lance foi invalidado por mão de Mujica.
O Boavista voltou a perder e ficou numa posição muito próxima da luta pela manutenção na Liga Portugal Betclic.
2-1 | ||
Rafa Mujica 30' Weverson Costa 39' Robson Bambu 47' (p.b.) |
Foram incansáveis. Perto de um milhar de pessoas acompanhou a deslocação dos axadrezados a Arouca e não pararam de apoiar a equipa da cidade do Porto. O apoio deles foi uma goleada.
A equipa do Boavista vive tempos de tensão invulgares. Os rapazes de Ricardo Paiva têm sentido muito a pressão subjacente à posição que ocupam e não conseguem inverter a espiral negativa. A exibição na primeira parte em Arouca foi muito fraca e recheada de erros. O Arouca aproveitou.
Carlos Macedo não teve uma tarde fácil, mas também não foi bem ajudado pelos seus auxiliares. O árbitro de Barcelos apertou no critério disciplinar, para evitar queixas dos dirigentes do Boavista e esteve bem nesse aspeto. Os seus assistentes esqueceram-se do protocolo do VAR e assinalaram vários fora-de-jogo sem que a jogada tivesse terminado, lances esses poucos esclarecedores. Teve de decidir dois lances com recurso às imagens e decidiu bem, mantendo o critério.
