10 de março de 2024. Dia de decisões na vida política portuguesa e no destino do leão. O líder do campeonato viajou até Arouca, na 25ª jornada da Liga Portugal Betclic, e continuou a trilhar o seu caminho com uma vitória (3-0). Mais três pontos e nova jornada na liderança.
Futebol em dia de eleições? O Sporting domina 🦁🗳️
🎙️ @pedrojscunha & @ruimtovar
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— ZEROZERO (@zerozeropt) March 10, 2024
Em dia de eleições, as urnas registaram uma afluência positiva, sobretudo quando comparada a anos transatos. Se as pessoas não se coibiram - e bem - de ir votar, também não ficaram em casa e encheram o Estádio Municipal de Arouca. Entre jogos europeus, Rúben Amorim optou por operar algumas mudanças no onze (comparando com o que figurou perante a Atalanta): Hjulmand, Gyökeres e Pote regressaram à titularidade. Nos da casa, com as principais escolhas disponíveis, Daniel Sousa não inventou.
Como falado recentemente no zerozero, o leão não se importa de jogar em dia de sufrágio nacional. Pelo contrário, face ao positivo registo, até agradece; e foi de uma forma agradável que o jogo começou.
Dividido e vistoso, marcado pela vontade de ter bola e jogar, os líderes e uma das surpresas do campeonato proporcionaram um bom espetáculo. Gyökeres, unânime e reconhecido pela sua preponderância, tratou de traduzir a qualidade do jogo em números. Servido por Matheus Reis, o sueco, cada vez mais referência - nem que seja pela quantidade de golos - na Europa do futebol, só teve de encostar para abrir o ativo.
Apesar de registar mais algumas ocasiões e de tentar gerir, o leão foi amansado pelo FC Arouca. A posse de bola (ao intervalo, 65% para os da casa) não foi prova única. Com bola, a defesa e o meio-campo canarinho, sempre bem entrosados, coligaram-se de forma a servir o ataque (bela exibição de Pedro Santos e Sylla), que não fosse algum desacerto e teria levado outro resultado para o descanso.
O cansaço, ainda antes do intervalo, já era visível nos homens de verde e branco (Coates, por exemplo, terminou o primeiro tempo agarrado às pernas). Contudo, em vez de abrandar, o leão colocou o pé no acelerador no recomeço da partida. Gyökeres voltou a ficar frente a frente com De Arruabarrena, mas o uruguaio, sempre seguro, levou a melhor.
Os arouquenses bem tentaram responder. Contudo, no segundo tempo faltou outro tipo de definição no último terço e no momento da decisão. Franco Israel ainda teve de fazer uma bela defesa, mas o leão nunca se sentiu verdadeiramente apertado.
Sem ser sufocado, o leão gostou de ser atiçado. O FC Arouca não equilibrou o marcador e num momento de maior incerteza na partida (uma espécie de dia de reflexão), o Sporting aproveitou o espaço deixado pela defesa contrária para criar perigo.
Gyökeres foi solicitado na profundidade um par de vezes, mas Geny e Hjulmand foram os mais decididos. Num belo lance pela direita, Geny puxou para dentro e marcou; Hjulmand, sozinho na grande área, fechou o marcador no 0-3 final. Duas cruzes certeiras no boletim dos três pontos.
Vários lances que deixaram algumas dúvidas, dignos de várias interpretações. Apesar de nunca ter perdido o controlo da partida, Nuno Almeida devia ter, pelo menos, ido ao VAR num lance de Matheus Reis na área leonina (possível grande penalidade para o FC Arouca). Por isso, a avaliação não pode ser positiva.
Numa altura de cansaço (provocado pelo atarefado calendário), os leões foram inteligentes, superaram-se e, já para lá do minuto 90, marcaram dois golos, por intermédio de Geny e Hjulmand, que carimbaram o triunfo leonino.
A primeira parte terminou com vantagem leonina, mas com um cheiro a empate a pairar no ar. Tudo indicava que o FC Arouca ia carregar na segunda parte, mas tal não aconteceu. Com bola, o FC Arouca nem sempre definiu bem e mostrou mais dificuldades em chegar ao último terço. Assim sendo, aproveitou o Sporting.