Cinco dias depois de ter sido o herói do regresso aos triunfos vimaranenses, Alisson Safira foi pela primeira vez titular no campeonato e duplicou a sua contagem de golos na prova, somando mais três pontos para o total do Vitória SC.
Derrota dura para o Estoril Praia, num jogo que comandou durante largos minutos e no qual forçou o guarda-redes adversário a mais uma boa exibição. No final de contas foi, ainda assim, mais uma derrota para juntar ao trajeto recente.
O Estoril regressou ao palco onde somara, há duas semanas, a única vitória dos últimos 10 jogos e Nélson Veríssimo estava ciente da necessidade de voltar a agitar a sua equipa. Depois de um par de jogos a atuar em 3-4-3, esquema também utilizado por Moreno no Vitória SC, deu-se um regresso ao mais habitual 4-3-3, permitido pelo regresso do lesionado João Gamboa.
Com essa alteração, as marcações nunca chegaram a encaixar de forma direta, o que permitiu um início de partida bem aberto e rico em oportunidades. A maior foi aos 12 minutos, quando Afonso Freitas fez a sua primeira assistência na Liga Bwin, com um belo passe para Safira.
O avançado brasileiro tinha marcado o seu primeiro golo na Liga já esta semana, com um tento tão decisivo quanto tardio na receção ao GD Chaves, e voltou a ser um bem precioso para o clube vimaranense graças ao excelente trabalho no interior da área. Um belo golo a gerar uma explosão de alegria no extenso (e audível) grupo de adeptos visitantes no António Coimbra da Mota.
O Estoril reagiu bem ao golo sofrido, é justo dizer. Entre a objetividade do incisivo Tiago Gouveia e a ponderação de Francisco Geraldes, ao mesmo tempo que Cassiano tentava fixar ou mover centrais, a equipa da casa cresceu e começou a somar oportunidades de golo.
Uma, duas, três e quatro chances, quase todas com o mesmo desfecho. Bruno Varela estava atento e afirmava-se como uma das figuras fo jogo à medida que este avançava.
Assim continuou na segunda parte, ainda com a equipa canarinha por cima. Menor volume de oportunidades, num jogo que se tornou progressivamente mais físico, e nem as mexidas do treinador tinham qualquer impacto nesse estado da partida. O Vitória, mesmo sem bola, tinha o controlo. Até que deixou de o ter.
Nos últimos minutos o Estoril cresceu ainda mais. Maior chegada à área e por fim as mais flagrantes oportunidades de golo, que teimaram em não entrar. Foi às luvas de Varela, foi à malha lateral. Foi à barra e foi ao lado. Foi a todo o lado onde podia ter ido, num período de 10 minutos, exceto ao fundo da baliza.
Ver o Vitória SC ganhar dois jogos consecutivos não é suposto ser algo raro, mas a verdade é que não condiz com o histórico recente da equipa comandada por Moreno. Foi assim que o campeonato começou para o clube, com seis pontos nas duas primeiras jornadas. A história repete-se no início da segunda volta, resta saber se esta termina com mais pontos do que a primeira.
É evidente que o Estoril Praia teve mais bola e muito maior volume de oportunidades, mas também é verdade que poucos desses lances foram flagrantes. Pelo menos nenhum tão flagrante como aquele que deu o golo ao adversário. Ao terceiro jogo consecutivo sem marcar, levantam-se questões acerca da qualidade das chances criadas pelos comandados de Nélson Veríssimo.
Nada a assinalar na exibição do árbitro.