O Mafra, da Liga Portugal SABSEG, ainda se atreveu e mostrou-se corajoso perante o campeão nacional, mas os maiores argumentos técnicos e táticos do FC Porto acabaram por vir ao de cima e os dragões venceram convincentemente por 0-3, avançando na Taça de Portugal.
O CD Mafra, que na época passada chegou às meias finais da Taça, até já tinha eliminado um primodivisionário (ao vencer o Marítimo por 4-2) - além do União Santarém, por 0-1 -, mas agora tinha o seu maior teste da temporada pela frente, o campeão nacional FC Porto (bateu o Anadia por 0-6 para aqui estar). Do lado portista, como seria de esperar, havia algumas novidades no onze inicial.
Tal como seria de esperar num jogo entre equipas de dimensões distintas, o FC Porto, campeão nacional em título e detentor da taça de Portugal, assumiu as rédeas do jogo, tentando contrariar o bloco compacto do conjunto mafrense, que tentava diminuir espaços no meio campo portista. Contudo, foi através da bola parada, um canto, que os portistas inauguraram o marcador logo aos seis minutos, fruto de uma bela cabeçada de Marcano.
Perante isto e a menor agressividade azul e branca no miolo defensivo, os comandados de Ricardo Sousa iam chegando com relativa frequência à área adversária e foram testando Cláudio Ramos num par de ocasiões, mas o melhor lance até surgiu em cima do intervalo, fruto de uma recuperação alta de Pité, que atirou a rasar o poste.
Contudo, por essa altura, já a desvantagem mafrense era maior, essencialmente por culpa desse atrevimento que iam demonstrando, que dava espaço ao FC Porto sair de forma rápida na transição. É que pouco antes, aos 38', Otávio conduziu a transição - causou dificuldades sempre que deambulava da ala para o meio - e desmarcou de forma exímia Eustáquio, que atirou a contar para o 0-2.
Já com uma vantagem algo confortável no marcador, embora longe de estar decidido, o FC Porto entrou para a segunda parte num ritmo ligeiramente mais lento e isso possibilitou ao Mafra ter mais iniciativa com bola no pé novamente. As oportunidades eram, no entanto, algo escassas neste arranque - exceto uma grande iniciativa de Galeno que passou a rasar o poste - e o jogo ia valendo pelo grande ambiente do Estádio Municipal de Mafra, que estava a rebentar pelas costuras (nem havia lugar para toda a gente presente).
Após o conjunto da zona Oeste perder esse fulgor inicial, os comandados de Sérgio Conceição foram reassumindo as rédeas e baixando o ritmo de jogo a seu bom proveito, mas até foi aí que surgiu a melhor oportunidade Cadeira. Diogo Almeida, contudo, falhou escandalosamente na cara de Cláudio Ramos. Pouco depois, foi a vez de Renan tirar o bis a Marcano com uma enorme defesa, após uma jogada estudada muito bem conseguida pelo FC Porto.
Até ao final, pouca história houve a acrescentar ao jogo, que entrou num ritmo de gestão por parte das duas equipas, e o FC Porto acabaria mesmo por sair, justamente, vencedor de Mafra, avançando na Taça de Portugal.
Há que destacar a qualidade portista, claro, mas também falar da atitude do CD Mafra, que mesmo com argumentos inferiores disputou o jogo até mais não conseguir e até assustou em certos momentos.
Sérgio Conceição aproveitou para dar oportunidades, mas houve jogadores que não as souberam aproveitar e o exemplo perfeito disso mesmo foi Namaso. O avançado inglês tinha aqui oportunidade de ganhar minutos, mas passou completamente ao lado da partida.