O Benfica sai do Dragão invicto e com a liderança reforçada. Os encarnados colocam um ponto final num jejum de vitórias na casa do FC Porto (0-1), que durava desde 2019, graças a um triunfo pela margem mínima, num espetáculo que acabou por ser bastante condicionado ainda na primeira parte por conta da expulsão de Eustaquio.
Pepê no lado direito da defesa e Galeno no corredor foram as principais novidades do onze portista, sendo a continuidade Aursnes a grande nota de relevo nas escolhas de Roger Schmidt. De resto, bom ambiente no Dragão, com quase 50 mil nas bancadas, e tudo propício para um belíssimo espetáculo de futebol, entre dois velhos rivais, entre primeiro e segundo classificados da presente edição da Liga.
⌚️Apito final: FCP 0-1 SLB
É a 18.ª vitória do Benfica (15%) em casa do 🔵FC Porto (em 117 jogos)
⚠️Cinco jogos depois o 🦅Benfica vence no 🏟️Dragão e há 8 anos que não vencia no Porto sem sofrer golos. pic.twitter.com/o0uymX7siQ
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Entrou melhor o conjunto azul e branco, muito bem na pressão exercida sobre os dois principais responsáveis pela construção do fluxo de jogo das águias (Florentino e Enzo) e a aproveitar a vertigem de Galeno para explorar os espaços no último terço do adversário. A velocidade e irreverência do extremo brasileiro custaram, inclusive, dois amarelos - João Mário e Bah - nos primeiros dez minutos.
A estratégia de Conceição parecia estar a funcionar na perfeição e o golo só não apareceu mesmo, nos 15 minutos iniciais, porque Vlachodimos voou para defender o cabeceamento com selo de golo de Taremi. Daquelas defesas que valem pontos. Literalmente.
No entanto, quando tudo parecia encaminhado para o lado portista, Eustaquio cometeu duas faltas duríssimas sobre Bah num curto espaço de tempo e acabou, sem surpresa, por receber ordem de expulsão. Dois amarelos em três minutos. Inexplicável.
A jogar em superioridade, o Benfica soltou-se das amarras e criou a primeira ocasião de grande perigo junto à baliza de Diogo Costa, aos 34 minutos, altura em que Aursnes enviou o esférico ao poste e na recarga Rafa não fez melhor e enviou à barra. Um breve fogacho de uma primeira parte algo pálida.
O nulo conjugado com a superioridade numérica não deixava Schmidt satisfeito e o alemão deu conta disso mesmo com as três alterações operadas ao intervalo. Retirou três amarelados, mudou o corredor direito, com as entradas de Gilberto e Neres, e ainda acrescentou Draxler, que não esteve muito tempo em campo devido a problemas físicos.
⌚️75' FCP 0-1 SLB
🇵🇹Rafa Silva marcou o 4.º golo frente ao 🔵FC Porto.
⏪Nos últimos 11 clássicos, o avançado marcou 3 golos e 3 assistências pelo Benfica frente aos dragões. pic.twitter.com/wH5Prl78pm
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Os primeiros 25 minutos foram de domínio do Benfica, totalmente consentido pelo FC Porto, que defendeu com dois blocos sólidos, mas sem oportunidades declaradas de golo, exceção feita para um remate de Rafa desviado por David Carmo, pouco antes da hora de jogo.
Após esse controlo defensivo mais rigoroso, perfeitamente natural para uma equipa a atuar com menos um elemento, a equipa de Conceição soltou-se e esteve mesmo perto do golo, mas foi nessa fase, curiosamente, que o Benfica conseguiu chegar ao golo da vitória, numa transição rápida, com Neres a assistir Rafa para o 0-1.
Ainda houve a dúvida se Neres estava em posição regular no momento que antecede o passe para o internacional português, mas a verdade é que estava e o Benfica sai do Dragão com os três pontos e a liderança reforçada.
Não foi um Clássico de grande nota artística, longe disso, talvez muito por culpa da expulsão de Eustaquio, que obrigou o FC Porto a mudar a estratégia. Perante alguma monotonia, lá apareceu o golo, neste caso para o lado dos visitantes.
Eustaquio tem vindo a ganhar protagonismo nas escolhas de Sérgio Conceição, mas esta noite borrou a pintura, quando cometeu duas faltas muito semelhantes e viu duas cartolinas amarelas, sendo, por consequência, expulso.