O FC Porto curou a desilusão do encontro com o O. Lyon com uma goleada, mas o resultado esteve muito longe de ser a fartura que se veio a traduzir. A primeira hora de jogo dos portistas foi de baixa intensidade, mas o banco tranquilizou a noite.
A ressaca europeia é sempre difícil de superar. Se a isso juntarmos o facto de haver novo embate europeu em poucos dias, então falamos de uma dificuldade ao quadrado.
O FC Porto, naturalmente favorito, partiu para cima do Tondela, mas a dinâmica ofensiva foi demasiado baixa. O corredor esquerdo, com Wendell e Pepê funcionou com muita harmonia, nos primeiros minutos, mas foi demasiado efémero.
A turma de Pako Ayestarán percebeu que, defendendo bem, iria ter as oportunidades e assim foi. Os beirões aproveitaram a forma menos ordeira dos azuis-e-brancos a atacarem para ferir. Com mais ênfase nas bolas paradas, mas sempre com muita disciplina, os visitantes criaram o maior perigo por Neto Borges, num livre lateral.
Percebendo o crescimento de confiança do Tondela, os dragões mudaram de postura. Como quem sente o perigo, e não necessitando de uma pausa técnica do treinador, os comandados de Sérgio Conceição subiram a intensidade, com Wendell (sempre ele) a aventurar-se no ataque e a levar com ele a equipa.
O Tondela apareceu na segunda parte, novamente, sem sentir a pressão de jogar no Dragão. A equipa de Pako Ayestarán, talvez recordando-se do jogo que fez na última temporada, não se encolheu e tentou o empate, mas faltou inspiração e assertividade no setor ofensivo.
Dobrou-se a hora de jogo e Sérgio Conceição resolveu agitar com a partida. Percebendo das dificuldades de João Mário a atacar e Evanilson a dar trabalho aos defesas do Tondela, meteu Fábio Vieira a apoiar Taremi e Francisco Conceição no lugar de Pepê, que desceu para lateral.
O resultado foi imediato: o FC Porto passou a colocar em cheque as debilidades de Neto Borges e o perigo foi aumentando. A expulsão de Manu Hernando acabou por complicar, ainda mais, a vida do Tondela.
Os dragões aceleraram os processos e em seis minutos fizeram três golos: Galeno pelo meio (já tinha tido uma excelente oportunidade), Fábio Vieira em transição e Francisco Conceição, após um cruzamento de Zaidu.
O Tondela desejou, rapidamente, pelo fim do encontro, depois do FC Porto ter sido uma máquina que aniquilou as opções de levarem um resultado positivo para casa.
Os dragões aumentaram a vantagem sobre o Sporting, embora os leões joguem, apenas, esta segunda-feira.
Conceição mexeu na medida certa. As alterações foram certeiras e do banco vieram as boas dores de cabeça. O FC Porto passou a atacar mais, com mais intensidade e mais efetividade. Os três golos marcados por Galeno, Fábio Vieira e Francisco Conceição foram sinal disso.
O Tondela ficou sem energia, a partir da hora de jogo. Jogou como conseguiu e foi curto. Para reflexão de Pako Ayestarán, pois após a expulsão de Manu Hernando a equipa demonstrou muita dificuldade em jogar.