O Tondela está de regresso aos triunfos no Campeonato. Os beirões receberam o Marítimo (4x2), este domingo, e aproveitaram da melhor forma o estado de espírito negativo que paira sobre a equipa insular. O facto de não vencer desde agosto é um fardo cada vez maior para o conjunto liderado por Julio Velázquez, que somou erro atrás de erro na primeira parte. E quando acordou... já era tarde.
As duas equipas partiam para este encontro numa série de duas derrotas, mas com uma ligeira diferença entre as duas de dois pontos, mais penalizadora para o Marítimo, que ocupava (e ocupa) um dos lugares que vale despromoção no final da temporada. Ou seja, o momento não era particularmente feliz para os dois conjuntos. Ainda assim, os madeirenses acusaram muito mais esse indicador.
Três minutos volvidos, novo castigo máximo assinalado a favor do Tondela, este por mão na bola de Zainadine. Jhon Murillo passou com toda a souplesse por Vítor Costa no corredor direito, colocou em Dadashov e o avançado azeri rematou contra a mão do central moçambicano. Novamente encarregue da marcação, João Pedro não facilitou.
Se um penálti era mau, dois era péssimo, então três... Sem palavras. Para o lance e para o tempo que o árbitro demorou a validar a decisão inicial. Desde o primeiro apito até ao momento em que confirmou a grande penalidade após ver as imagens, Gustavo Correia queimou 3 minutos e 40 segundos de jogo. Aqui, Agra ainda tentou demover João Pedro, mas foi mesmo o capitão a completar o hat-trick na marca dos 11 metros.
No regresso para a segunda parte, Julio Velázaquez não foi de modos e operou quatro alterações e a equipa melhorou substancialmente com a adição dos novos elementos.
Matheus Costa reduziu, aos 75', Alipour anotou o 3x2, aos 90+1', e durante alguns momentos chegou a temer-se uma mudança épica na história do jogo. Assim não aconteceu, muito por culpa de Pedro Augusto, que matou o jogo no penúltimo minuto do tempo de descontos, confirmando assim a vitória do Tondela.
Não tremeu no primeiro, não tremeu no segundo e não tremeu no terceiro. João Pedro dispôs de três grandes penalidades e não desperdiçou nenhuma. Muito bem o capitão do Tondela.
O momento não é bom e só isso pode explicar que uma equipa cometa três grandes penalidades no mesmo jogo. Aconteceu com o Marítimo e o Tondela agradeceu.
A terceira grande penalidade é aquela que pode gerar mais dúvidas, mas a ser assinalada tem de equivaler a cartão amarelo ao jogador que cometeu a falta. No caso, era Vítor Costa, que já tinha amarelo. Além disso, não se percebe como é que o árbitro esgota 3 minutos e 40 segundos para validar uma decisão. Muito tempo perdido.