Chegou ao fim o jejum de vitórias do Arouca, que durou dois meses (seis jornadas). O conjunto orientado por Armando Evangelista foi abençoado pela forte chuva que se fez sentir no Municipal de Arouca ao longo de 90 minutos da receção ao Tondela (2x0), colocando-se agora ao lado dos beirões na tabela classificativa da Liga Bwin.
As condições climatéricas - chuva e vento - não ajudaram ao espetáculo, mas não foi por isso, atenção, que faltaram bons momentos no encontro de abertura da 10.ª jornada. O jogo começou dividido, até que o Arouca, curiosamente a jogar contra o vento, protagonizou as primeiras ocasiões flagrantes de golo.
O defesa emprestado pelo Sporting cometeu falta sobre André Silva no interior da área tondelense e, num lance que deixa algumas dúvidas, o árbitro Luís Godinho não teve dúvidas para apontar para a marca dos onze metros, onde João Basso não desperdiçou a oportunidade de colocar o Arouca em vantagem.
A resposta da equipa de Pako Ayestarán não tardou e surgiu pelos pés de Salvador Agra, que cobrou um livre de forma fantástica para defesa sensacional de Victor Braga, e Neto Borges, com cruzamento traiçoeiro para nova defesa de grande nível do guardião brasileiro.
Já no segundo tempo, Jhon Murillo não aproveitou um bom passe de Rafael Barbosa, aos 50 minutos, para restabelecer a igualdade, mérito também para a leitura de Mateus Quaresma, que fez um acompanhamento (e corte) excelente. Ainda antes da hora de jogo, Pako promoveu três alterações em simultâneo, mas... marcou o Arouca.
O Tondela ainda teve duas ocasiões para reduzir, mas Victor Braga - que jogo! - somou mais duas defesa fantástica, desta feita a remates de Salvador Agra (72') e Dadashov (90+3'). Incrível!
João Basso e Bukia marcaram os golos, mas o grande destaque vai para Victor Braga. O guarda-redes somou seis defesas, praticamente todas de grande nível. Fundamental para a vitória.
Apesar de deixar dúvidas, a abordagem de Eduardo Quaresma no lance da grande penalidade é imprudente. Depois, no segundo golo do Arouca, erro grosseiro do central Saignan, após passe a queimar de Eduardo Quaresma.
Algumas dúvidas na grande penalidade assinalada a favor do Arouca ainda na primeira parte, apesar da imprudência de Eduardo Quaresma, e critério muito apertado no capítulo disciplinar.