Choveu de tudo menos golos

Noite de muita chuva, de momentos com chuva de cartões, de um vermelho no primeiro tempo, de domínio bracarense sem efeitos práticos. O SC Braga não conseguiu mais do que um empate a zero na entrada em cena na Taça da Liga, diante do Paços de Ferreira, e o último jogo ditará se Braga ou Boavista seguem em frente.

A equipa de Carlos Carvalhal conseguiu, ao contrário de em jogos anteriores, ser quase sempre a equipa mais perigosa e a nem expulsão de Francisco Moura perto do intervalo travou esse ímpeto, mas os bracarenses não conseguiram ser eficazes, em especial num primeiro tempo em que Galeno mostrou pontaria particularmente desafinada.

Pontaria a menos, cartões a mais

Com quatro trocas em comparação com o encontro frente ao Gil Vicente, o SC Braga mudou para uma linha de quatro atrás, cabendo a Musrati aproximar-se dos centrais na primeira fase de construção e mantendo-se dinâmicas como os movimentos interiores dos extremos, Galeno e Iuri Medeiros.

Do outro lado estava uma equipa de Jorge Simão com muito mais mudanças depois do jogo com o Arouca: dez trocas no total, mantendo-se apenas Maracás no onze inicial. Os pacenses tiveram sempre dificuldades em criar perigo e raramente conseguiram justificar algo mais do que o nulo.

©Vítor Parente / Kapta+

Quanto à terceira equipa, a de arbitragem... um critério extremamente apertado, com um outro exagero, e com dois amarelos para Francisco Moura que deixariam a equipa bracarense reduzida a dez antes do intervalo.

Ao longo desse primeiro tempo, a equipa de Carvalhal esteve claramente na frente no que toca à criação de oportunidades, com o grande destaque a serem as tais tentativas de Galeno a partir do flanco esquerdo que não deram com a baliza de Vekic, destaque em vários momentos.

Os bracarenses conseguiram manter-se por cima ao longo da segunda parte apesar da inferioridade numérica, mas com o tempo as oportunidades tornaram-se menos frequentes, até pela forte chuva que caía no Municipal de Braga e que chegou mesmo a dificultar a circulação de bola.

Essa segunda metade do jogo já teve Sequeira, Ricardo Horta e Vitinha em campo - os três entraram logo após o intervalo - e o jovem ponta-de-lança voltou a deixar indicações positivas, mas não conseguiu surgir em posições que permitisse dar continuidade ao golo decisivo marcado em Barcelos.

O primeiro jogo do grupo tinha trazido uma vitória do Boavista frente ao Paços de Ferreira, axadrezados e guerreiros vão discutir no Bessa quem segue para a final four.