O Sporting voltou às vitórias. Depois de perder pela primeira vez esta época, em Braga, os leões regressaram a casa e aos triunfos, derrotando o Marítimo por 2x0. Bruno Fernandes e Fredy Montero foram os homens golo de um Sporting que forçou nos momentos certos e que procurou controlar o ritmo da partida já com o pensamento no jogo a meio da próxima semana, para a Liga Europa.
Numa exibição algo inconstante, a equipa de José Peseiro conseguiu o principal objetivo, isto num encontro que ficou marcado pela ausência de Nani depois de um episódio que o treinador do Sporting considerou «inadequado». Já o Marítimo voltou a sair derrotado de Alvalade (não vence no terreno da equipa verde e branca há oito jogos) e deixou fugir os leões, que até então tinham os mesmos 10 pontos que o conjunto de Cláudio Braga.
O reencontro não tardou. Depois de terem jogado para a Taça da Liga, Sporting e Marítimo voltaram a encontrar-se em Alvalade, numa prova para a qual os clubes olham com mais atenção. Apesar disso, Nani e Battaglia nem sequer foram convocados, depois de, durante a semana, o capitão dos leões ter sido tema de conversa após a saída em Braga, com alguma polémica à mistura. Coloquemos essas polémicas à parte.
Como tem acontecido nos últimos encontros em Alvalade, o Sporting entrou forte e dominador, imprimindo velocidade até chegar ao golo. Se Peseiro já tinha elogiado o jogo pelos corredores da equipa leonina, o jogo interior tem dado mais dores de cabeça ao treinador sportinguista, mas foi precisamente de um movimento interior que nasceu o primeiro golo da partida, apontado por Bruno Fernandes.
🇨🇴Fredy Montero estreia-se a marcar esta temporada (precisou de 7 jogos).
⚠️Não marcava desde a final da 🏆Taça de Portugal em Maio; quebrou um jejum de 7 meses sem marcar na 🇵🇹Liga Portuguesa (vs Feirense) pic.twitter.com/YClWtYJfGp
— playmakerstats (@playmaker_PT) 29 de setembro de 2018
O movimento de Jovane Cabral da esquerda para o centro e o passe do cabo verdiano desequilibraram a defensiva maritimista. Amir ainda tentou corrigir mas chegou ligeiramente atrasado e acabou por derrubar Raphinha, num lance que motivou protestos dos jogadores do Marítimo mas que deixou o Sporting mais confortável na partida.
Depois de 15 minutos intensos e com boas dinâmicas, o Sporting procurou gerir a partida, talvez a pensar no jogo a meio da semana para a Liga Europa. Perante isso, o Marítimo começou a aparecer e a equilibrar a posse de bola, mesmo sem conseguir chegar à baliza de Salin com grande perigo. O conjunto de Cláudio Braga acabou por ter uma superioridade consentida, período no qual Danny foi o elemento mais lúcido.
Com mais espaço para contra-atacar, o Sporting procurou mais o jogo direto e pelos corredores. Nem sempre correu bem, mas num desses movimentos Jovane voltou a ser determinante ao sofrer uma falta junto à bandeirola de canto que culminou no golo de Montero. O colombiano, que passou recentemente por momentos complicados, estreou-se a marcar esta época e deu maior conforto à turma leonina, que bem pôde agradecer a Marcos Acuña o corte já nos descontos que evitou um golo certo do Marítimo, que podia ter mudado a história do jogo.
Ao contrário do que aconteceu a seguir ao golo de Bruno Fernandes, o Sporting não entregou a bola ao Marítimo e passou a segunda parte praticamente toda no meio-campo da equipa insular.
Com a bola mas sem forçar, a equipa de José Peseiro esteve sempre mais perto de fazer o terceiro golo do que de sofrer o segundo. Raphinha e Montero tiveram boas oportunidades para bater Amir, mas acabaram por ser desperdiçadas, também muito por mérito da defensiva do Marítimo.
A vantagem de dois golos deixou os leões num dilema. Manter a procura do terceiro para fechar a contagem ou voltar a baixar as linhas e a velocidade de jogo? A opção pareceu ser a segunda, para descontentamento do público de Alvalade, que começou por brindar a sua equipa com alguns assobios pela lentidão com que fechou a partida.
Novamente com o Sporting a diminuir a velocidade, o Marítimo tentou reduzir a desvantagem, mas sai de Alvalade sem criar um verdadeiro lance de perigo (exceção feita ao corte de Acuña antes do intervalo quando Rodrigo Pinho já se preparava para marcar). Quanto aos adeptos do Sporting, os assobios dos minutos finais foram transformados em aplausos com a confirmação do regresso às vitórias depois da derrota em Braga, isto numa jornada em que o rival Benfica perdeu pontos.