Que belo começo de campeonato, com cinco golos logo a abrir e um jogo com emoção e já uma figura a sobressair, Pizzi. O Benfica venceu o Vitória SC por 3x2, mas os encarnados podiam ter conquistado uma vitória muito mais tranquila, depois de terem ido para o intervalo a vencer por três golos de diferença.
A exibição encarnada na primeira parte foi de grande qualidade e intensidade, com a equipa de Rui Vitória a aproveitar os muitos erros cometidos pela defensiva vitoriana para conseguir uma vantagem interessante ao intervalo. Pizzi foi mesmo um Comandante e fez um hat-trick no espaço de 38 minutos. A equipa de Luís Castro aproveitou a segunda parte para ganhar confiança e ameaçar o resultado, marcou duas vezes, mas regressa a Guimarães sem pontos na bagagem. Um bom começo para aquilo que se espera ser um bom campeonato.
Três dias depois da eliminatória da Liga dos Campeões, o Benfica voltou a casa. Os encarnados pegaram na intensidade com que enfrentaram o Fenerbahçe na segunda parte dessa partida e entraram da mesma forma. A estratégia funcionou na perfeição, como foi possível perceber pelos três golos de vantagem ao intervalo. Pizzi foi a figura principal de um coletivo dominador e que aproveitou os imensos erros do Vitória SC, que ainda tem muito para afinar depois de uma pré-temporada que deixou água na boca.
O início da partida teve algum equilíbrio, especialmente porque a equipa de Luís Castro conseguiu, nesses primeiros instantes, exprimir-se com bola e João Carlos Teixeira estava a encontrar algum espaço para criar jogadas de ataque. Antes do primeiro golo da nova época, já tinham existido duas ocasiões, uma para cada lado. O jogo tinha começado com um ritmo interessante e a qualidade também esteve presente nos primeiros minutos, até ao segundo golo benfiquista.
⚠️Hat-trick mais rápido de sempre de 🇵🇹Pizzi:
2018 vs ⚪️V. Guimarães [Benfica, com Rui Vitória] demorou 38 min.
2011 vs 🔵FC Porto [P. Ferreira, com Rui Vitória] demorou 39 min. pic.twitter.com/6tZGFNhrqp
— playmakerstats (@playmaker_PT) 10 de agosto de 2018
Com o Vitória a sentir cada vez mais dificuldades para sair a jogar, fruto da forte pressão encarnada, os erros começaram a ser cada vez mais e alguns foram mesmo fatais. À perda de bola de André André a meio campo, acrescentou-se a falha no posicionamento de Rafa e o corte de Ósorio para zona proibida. O pé esquerdo de Pizzi fez o resto. O Benfica entrava na Liga NOS 18/19 praticamente em vantagem, mas os encarnados queriam mais e aproveitaram o nervosismo que se foi apoderando dos Conquistadores.
Praticamente a seguir ao golo encarnado, Rafa Soares voltou a ficar mal na fotografia e cometeu uma grande penalidade. Douglas adiou o golo a Ferreyra e a recarga a Salvio, mas o Benfica voltou a marcar, novamente numa jogada pelo lado esquerdo. Já depois de João Carlos Teixeira ter obrigado Vlachodimos a uma boa defesa e Tyler Boyd ter atirado ao poste na recarga, Salvio fez o que quis de Rafa, combinou com André Almeida e o lateral assistiu Pizzi para o segundo. O golo deixou os vitorianos completamente perdidos e a pedirem intervalo.
Só que, ainda antes do apito do árbitro, o Comandante benfiquista completou o hat-trick e o psicológico vitoriano bateu definitivamente no fundo. A equipa de Luís Castro até teve alguns momentos interessantes em que conseguiu criar perigo, mas a forma como cedeu à pressão e facilitou nos momentos defensivos, especialmente nas laterais, foi fatal para a equipa de Guimarães. Ou pelo menos assim parecia...
Com o jogo aparentemente decidido, Benfica e Vitória SC jogaram ao ritmo que mais desejavam. As ideias benfiquistas passavam por gerir o jogo já com vista à segunda-mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões, as ideias vitorianas passavam por impedir o avolumar do resultado e tentar, pelo menos, fazer um golo para relançar a partida.
O golo vitoriano teve a capacidade de levantar um pouco a moral das tropas de Luís Castro, que já mandavam mesmo no jogo. A 10 minutos de fim, os adeptos do Benfica tinham razões para preocupações e os do Vitória SC encontraram motivos para acreditar depois de Celis reduzir e deixar a sua equipa a apenas um golo do empate.
Apesar do golpe, a equipa benfiquista apressou-se a voltar a ter bola e controlou assim o jogo, impedindo um resultado surpreendente logo a abrir o campeonato, depois da vantagem conseguida na primeira parte. Deu para o susto.