Sporting derrota Vitória SC
Um rugido de vivacidade (4x1)
O Sporting conseguiu uma expressiva vitória frente aos vimaranenses, vingando o resultado em Guimarães. Numa primeira parte de grande eficácia, a turma de Marco Silva selou o destino do desafio, diante de uma formação aguerrida, mas em claro défice de confiança. A expulsão de Paulo Oliveira foi a nota negativa na equipa verde e branca, que contou com 36 mil nas bancadas.
Gaspar na esquerda
Rui Vitória optou por lançar Nii Plange no onze, obrigando à mudança de Bruno Gaspar para a esquerda. Uma decisão que não se pode dizer que tenha corrido bem.
Tudo saiu bem
Dizer que 3x0 ao intervalo espelhava precisamente o que se estava a passar em Alvalade parece um claro exagero. Nem o Sporting jogou assim tão bem nos primeiros 45 minutos, nem o Vitória de Guimarães foi assim tão mau. Porém, indesmentível é que os leões foram melhores. E mais eficazes.
João Mário abriu o ativo e tornou tudo mais fácil ©Carlos Alberto Costa
Por aí se pode começar a explicar tal margem de vantagem. Cedo os leões pegaram na batuta de jogo, contra uma turma vitoriana arrojada no alinhamento inicial, mas presa à ideia de que a todo o custo seria necessário um triunfo. Contrastando com o momento anímico menos positivo, tudo se encaminhou para um filme com final infeliz, até porque os golos nada ajudaram.
Nesses, há um facto incontornável a destacar: a ação leonina dentro da área contrária. Não teve uma avalanche de jogo aí, mas, quando entrou na zona de Douglas, a equipa de Marco Silva esteve bastante acertada nas movimentações e nos entendimentos, o que fez com que os golos parecessem alcançados de forma natural.
Baixas por castigo
Adrien Silva viu o quinto amarelo, Paulo Oliveira foi expulso. Duas cartas fora do baralho do Sporting para a ida a Paços de Ferreira.
No prisma de naturalidade, sobressaiu Slimani. Sem encher o olho, foi o Slimani das melhores exibições, exímio e letal na hora de finalizar. Sobressaiu também Miguel Lopes, outro que voltou a mostrar a sua melhor faceta, aproveitando ao máximo a ausência de Cédric Soares. E, de forma muito mais invisível, mas imponente pela presença, William Carvalho foi também decisivo para que a primeira parte do leão fosse sinónimo de jogo resolvido.
Gerir, marcar e complicar
Rui Vitória tentou, com a entrada de Ricardo Valente ao intervalo, dar outra acutilância ofensiva à sua equipa. Perante um Sporting que não quis impor um ritmo elevado, a equipa forasteira cresceu e acercou-se da baliza de Rui Patrício, só que sem grandes desequilíbrios.
Miguel Lopes já passou por Bruno Gaspar e vai cruzar para a cabeça de Slimani ©Carlos Alberto Costa
O setor defensivo dos leões, que voltou a ser diferente neste desafio, tornou a mostrar acerto, o que desmotivou qualquer tipo de reação da turma adversária em tempo útil - o que só acabou por acontecer já depois do quarto golo leonino e muito por causa da expulsão de Paulo Oliveira.
Só que, nessa altura, já era muito tarde e já o Sporting tinha tudo dominado para somar mais três pontos que quase garantem virtualmente o terceiro lugar, para além de reduzirem distâncias para os dois primeiros postos - mesmo distantes, ainda possíveis de alcançar.