Se é um espetador muito atento do futebol, certamente reparou nos vários jogadores que circularam, por empréstimo, entre Chelsea e Vitesse. Um acordo entre estes dois clubes nunca existiu de forma oficial, contudo, uma investigação levada a cabo pelo The Guardian revela pormenores milionários desta estranha ligação.
A relação entre estes dois emblemas era no mínimo curiosa, sendo estranho tantos jogadores rumarem ao mesmo clube por empréstimo dos londrinos, sem uma ligação oficial. A Federação Neerlandesa de Futebol (KNVB) chegou, inclusive, a investigar o assunto, mas acabou por não encontrar nada de ilegal ou irregular.
De acordo com novas informações, Roman Abramovich, proprietário do Chelsea à altura, injetou 117 milhões de euros em empréstimos secretos nos cofres dos holandeses. Segundo o jornal britânico, este dinheiro passava por uma série de empresas registadas em paraísos fiscais offshore.
As cedências dos Blues ao emblema dos Países Baixos tiveram início em 2010, quando Merab Jordania, ex-jogador de futebol e amigo do oligarca russo, adquiriu o Vitesse (esteve no cargo até 2013). A relação comercial entre ambos era apontada por muitos, mas foi sempre negada e as investigações não conseguiram provar algo mais de que uma simples amizade de trabalho.
Em 2010 e 2015, o Vitesse foi alvo de várias investigações sobre esta ligação, não tendo sido provado qualquer incumprimento aos regulamentos da UEFA e da Federação local.
Nomes como Nemanja Matic, Mason Mount, Patrick van Aanholt, Gaël Kakuta, Lucas Piazón (ex-Rio Ave e SC Braga), Bertrand Traoré, Christian Atsu, Lewis Baker, Dominic Solanke e Armando Broja são exemplos de casos de atletas que estiveram no Vitesse por empréstimo do Chelsea.
![]() | ![]() |
![]() |