O Famalicão venceu na visita ao Bessa (1-2) e atingiu a marca dos 33 pontos, através dos golos de dois homens: Iván Jaime (número 10) e Alex Dobre (número 23).
Os homens do ataque famalicense estiveram em evidência e acabaram por desbloquear um jogo que, dado às oportunidades do conjunto da casa, podia muito bem ter terminado empatado. Do lado boavisteiro, Bozeník ainda reduziu danos e, perto do fim, acertou na barra e esteve muito perto de colocar tudo na estaca zero.
Em relação ao jogo, João Pedro Sousa, apesar de contar com o regresso de Cádiz (esteve três jogos castigado), manteve a confiança em Denilson e apenas mexeu em duas peças: Gustavo Assunção e Sanca deram o lugar a Youssouf e Dobre. Do outro lado, Petit também fez duas alterações no xadrez: entrou Watai e Bruno Lourenço para os lugares de Camará e Agra.
Primeiros 45 minutos q.b no Bessa: nem muito bom, nem muito mau, apenas ok. Poucas oportunidades, alguns rasgos individuais e muita timidez no momento de ferir a baliza contrária. No fundo, as vicissitudes de quem está estável e de boa saúde no campeonato.
O conjunto da casa, ainda assim, entrou com mais vontade - Makouta mostrou-se o mais atrevido -, pressionou alto e assumiu maior risco, contudo, raramente conseguiu colocar em sentido a linha defensiva organizada (e paciente) famalicense.
Para além do médio internacional pelo Congo, apenas Bruno Lourenço e Iván Jaime conseguiram assustar um pouco... sendo que, o maior BUH acabou mesmo por vir de Makouta, através de um livre direto (ainda contou com um desvio matreiro de Denilson Jr.), que, não obstante, não passou disso: um susto.
Depois de alguns BUH's no primeiro tempo, os segundos 45 minutos foram bem menos assustadores: mais ocasiões, mais futebol e mais emoção. O emblema axadrezado começou mais forte, mas viu-se traumatizado com o falhanço de Yusupha Njie ao minuto 49. Malheiro - excelente arrancada no corredor direito - cruzou rasteiro e o avançado goleador do Boavista falhou de forma escandalosa.
Se o falhanço foi mau, o que dizer dos 10 minutos seguintes? O Famalicão acordou e, em dois lances de grande qualidade individual, fez dois golos. Primeiro, Iván Jaime: o espanhol dançou dentro da grande área boavisteira e sofreu falta de Malheiro, originando num penálti. Na conversão, Jaime - com muita classe - não desperdiçou e avivou (ainda mais) a equipa.
Três minutos depois, na sequência de um livre direto, o Fama voltou a carregar e Dobre aproveitou um ressalto para, à meia volta, fazer um grande golo de pé direito: de repente, bancadas geladas e um pesadelo no Bessa.
Apesar disso, Petit mexeu - Róbert Bozeník entrou e fez dupla com Yusupha - e o rumo mudou: o avançado eslovaco, seis minutos depois de entrar, conduziu pelo meio, encontrou espaço fora de área e encontrou o fundo das redes. A esperança boavisteira voltou a renascer e só deu Boavista até final, com Bozeník (outra vez) muito perto, mas acabou esbarrar o empate no poste.
Depois de uma primeira parte algo amorfa, com baixa intensidade e poucos lances vistosos, na segunda, aí sim: três golos, várias ocasiões e bastante emoção até ao fim.
Tem sido um dos bombeiros de serviço em grande parte da temporada boavisteira, contudo, hoje, esteve claramente em 'dia não'. Falhou, de forma inacreditável, à boca da baliza e esteve apagado durante os 87 minutos que esteve em campo.
Ricardo Baixinho realizou uma partida bastante satisfatória e sem grandes casos a apontar. Esteve bem ao assinalar grande penalidade sobre Iván Jaime que acabou derrubado por Pedro Malheiro. Apenas pecou por não ter exibido cartão amarelo ao Luiz Júnior, após vários lances onde procurou gastar tempo.