A vingança não foi servida. O Benfica foi ao terreno do SC Braga e não vingou derrota por 3-0 de dezembro, ao ser derrotado nas grandes penalidades. Os gverreiros do Minho seguem em frente para as meias-finais da Taça de Portugal.
Um jogo marcado pelos cantos que deram golo e as expulsões de Alexander Bah, ainda no decorrer da primeira parte, e de Morato, no final do encontro.
Foi o Benfica a entrar melhor no encontro. As oportunidades e a garra estavam lá, perante um Braga que ainda se mostrava a adaptar ao jogo.
Pizzi foi a grande surpresa do jogo – entrou no relvado como titular num duelo frente a uma casa que bem conhece. Artur Jorge sabia no que pegar para poder ferir os encarnados.
Foram precisos 15 minutos para o rumo das coisas mudar – ou, simplesmente, o rumo do marcador. No seguimento de um canto aparentemente estudado pela equipa de Roger Schmidt, Gonçalo Guedes apareceu para cabecear e bater Matheus Magalhães. Até então, estava feita a justiça no resultado.
O Braga acordou – o golo das águias serviu para isso. As tentativas de alcançar o meio-campo contrário começaram a aumentar e o perigo para a baliza de Vlachodimos deixou de escassear.
Com a pressão dos gverreiros, o Benfica viu-se obrigado a defender de forma mais «bruta» e, no entender de Tiago Martins, Alexander Bah viu cartão vermelho depois de uma falta sobre Pizzi.
Se a vida estava difícil para a turma da Luz, mais difícil se tornou. Golo dos bracarenses, também no seguimento de um canto. Desta vez, foi Al Musrati a fazer o «gosto ao pé».
Na segunda parte, mexidas logo de início. Cumpriram o propósito e o jogo aqueceu. O Braga começou a estar bem no jogo e a pressionar os encarnados - prova disso foram as defesas de Vlachodimos que mantiveram a baliza «fechada» durante um largo período de tempo na segunda metade.
O Benfica só conseguiu crescer nos minutos finais. Os comandados de Artur Jorge dificultaram a vida até mais não conseguirem e... levaram o jogo a prolongamento.
Uma primeira parte amorfa, sem grande história para contar, mas com o Braga sempre por cima. Posteriormente, uma segunda parte cheia de faltas, mais faltas... e a expulsão de Morato por duploe cartão amarelo. Os gverreiros continuavam a aplicar pressão ofensiva às águias, que a estavam a acusar de forma veemente.
Tudo levou a um destino: a «lotaria» das grandes penalidades. No final, Aursnes falhou a sua oportunidade e o Braga não desperdiçou qualquer uma. Estava fechado. Pela frente, os gverreiros têm o Nacional nas meias-finais da Taça de Portugal.
Estiveram por cima quando o Benfica deu espaço para isso e o culminar deste duelo é mesmo resultado dessa resiliência.
Uma entrada fora de tempo originou o vermelho direto e a mudança repentina dos planos a Roger Schmidt. Bah deveria ter abordado o lance de outra forma.