Tradições à prova

Num desafio que pode elevar o brilho de Casa Pia e Nacional para patamares superlativos com a passagem à meia-final da Prova Rainha, a receita de ambas as equipas deverá passar pela coesão defensiva evidenciada por ambas as equipas, no percurso trilhado até esta fase.

Manter a nódoa longe do pano branco

De ficha limpa no que aos golos sofridos diz respeito, Filipe Cândido não vai poder contar com os lesionados Lé Natel e Leonardo Lelo (ainda em dúvida) não deverá facilitar no onze escolhido - à imagem do que aconteceu na última eliminatória frente ao Vitória FC -, não se esperando grandes alterações em relação à derrota no Estádio da Luz, para o campeonato.

Ainda assim, Yuki Soma e Clayton Silva espreitam uma oportunidade de início, depois de terem sido lançados ao intervalo no duelo com os encarnados, o que pode significar a deslocação de Romário Baró para o miolo, onde Afonso Taira está de pedra e cal.

Com outra obrigação em assumir as despesas em relação ao Nacional, a matriz de jogo casapiana - assente no pragmatismo e segurança defensiva - não deverão ser, mesmo assim, dissociadas da equipa. 

Do lado insular também não se aguardam grandes mexidas de Filipe Cândido, sobretudo após a boa exibição, que resultou no regresso aos triunfos na receção ao Torreense.

Com Carlos Daniel e Zé Manuel em altas, depois do protagonismo evidenciado no último sábado, a estratégia dos madeirenses passará pela coesão defensiva e pela aposta no contra-ataque, frente a um adversário com outro tipo de matéria-prima.

Uma última nota para a mudança do palco do jogo para o Estádio o Bonfim requisitada pelos gansos e acedida pelos nacionalistas, devido às potenciais más condições do relvado do habitual Jamor.

Com o protagonismo invertido em relação há uns anos, Casa Pia e Nacional procuram escrever a marcador permanente, uma nova página na respetiva história, num duelo entre clubes de nobres tradições no futebol português...