Fernando Santos deixa elogios à Coreia: «Temos de tirar-lhes a bola»

Os jogos com o Uruguai e o Gana foram o aviso, apesar do resultado. A Coreia do Sul é uma equipa perigosa e, esta quinta-feira, o selecionador Fernando Santos e Pepe explicaram isso mesmo em conferência de imprensa.

«Sabemos da dificuldade, pelo adversário que tem muita qualidade, nos dois jogos que fez foram tremendos, embora os resultados não tenham acompanhado a exibição da Coreia. Muito bem organizados, com princípios de jogo definidos, muito a ver com o Paulo Bento. São uma equipa muito rápida, com gente na frente, laterais ofensivos e que nunca dão o jogo por perdido. Vai ser extremamente difícil», comentou Fernando Santos, algo que Pepe já tinha corroborado.

«São jogadores muito ágeis, com muita qualidade, trabalhadores. São muito bem organizados, sabem o que fazem dentro de campo. Não vou referenciar um jogador específico, prefiro dar valor ao coletivo. Já tive oportunidade de trabalhar com o mister Paulo Bento e sei o que ele pede. É muito do coletivo, da equipa, e é esse o espírito que eles têm, de roubar a bola e contra-atacar o mais rápido possível para apanhar o adversário desprevenido», atirou.

Ora, sabendo que a Coreia está obrigada a ganhar para ainda poder seguir em frente, Fernando Santos explicou que esse não é um fator que condicione a forma de Portugal jogar e deu a receita para complicar a vida ao adversário.

«Aquilo que planeámos para o Mundial foi construir uma equipa com uma forma de jogar, com mudanças do que era, com princípios de jogo que queremos, não vamos ser uma equipa de contra-ataque. Nunca o faria, muito menos contra um adversário muito perigoso. No último jogo da Coreia chega a colocar 5/6 jogadores na área adversária. Temos de ter bola para tirar a Coreia do jogo. Eles são muito fortes, temos de tirar-lhes a bola e saber responder às virtudes que eles têm», referiu.

Para o fim da conferência ficou a pergunta sobre a geração portuguesa e a proximidade com o que se quer: os títulos. E aí, Fernando Santos elogiou o espírito da equipa.

«É uma geração mista, teoricamente com muitos anos para jogar. Todos são jovens, inclusivamente o Pepe, o que conta é o espírito, a capacidade mental, a alegria, o prazer. Esta seleção está a ficar cada vez mais preparada, é uma geração que começou em 2018/2020. Com características diferentes, que passou uma fase não tão boa, mas depois encontrou-se e está a crescer muito. Se crescermos mais estamos cada vez mais perto», concluiu.