E estão apurados. Com mais ou menos dificuldades, o Brasil não entra em surpresas e já está nos oitavos de final do Campeonato do Mundo. Num jogo onde não foi fácil soltar as amarras, a seleção de Tite venceu a Suíça (1-0), fruto de uma segunda parte de samba, depois de um primeiro tempo pobre.
Logo nos primeiros minutos se percebeu que o Brasil ia ter dificuldades em ter o seu jogo apoiado e de pequenas combinações a furar pelo meio. A Suíça povoou bastante o meio-campo, tendo sempre uma linha muito fechada de quatro e por vezes cinco nessa zona. Isso transformou os primeiros 15/20 minutos num período de experimentação brasileira e onde o futebol acabou por ser aborrecido.
É verdade que a primeira parte até acabou por não ter claras oportunidades de golo (com exceção para Vinícius que apareceu com perigo num cruzamento de Raphinha), mas fomos vendo alguns momentos de futebol interessante dos homens da frente brasileiros.
Por seu lado, a seleção europeia soube sempre manter-se organizada, mas pecou por nunca ter conseguido sair na exploração da velocidade de Embolo e companhia.
Finalmente passamos a ter transições rápidas (para as duas equipas) e com isso o perigo passou a ser mais constante. A Suíça já não conseguia estar tão coesa e, por isso, os espaços entrelinhas já permitiam aos jogadores brasileiros aparecer embalados.
Adivinhava-se o golo para o Brasil e ele apareceu, se bem que veio de um local improvável. Casemiro apareceu na área e, com um belo remate de primeira (e trivela) fez o golo que a segunda parte brasileira já merecia. A Suíça tentou reagir, mas acabou por ser interessante ver a forma inteligente como a equipa de Tite geriu a bola e os tempos de jogo, nunca deixando o adversário apertar.
Encantando a espaços, este Brasil junta-se a países como Espanha ou França como os principais candidatos. Já a Suíça terá uma verdadeira final no jogo contra a Sérvia.
Depois de uma pobre primeira parte, a alegria brasileira veio no segundo tempo. Vieram oportunidades, vieram fintas, remates e, claro, o golo.
É verdade que Suíça trabalhou muito para isso, mas a falta de ideias do Brasil no primeiro tempo foi preocupante. Tirando um lance de combinações ao primeiro toque, nada foi criada ao «estilo brasileiro».