Cinco estrelas de pivot

Um pivot na verdadeira aceção da palavra. O jovem ponta de lança português fez um jogo para mais tarde recordar, depois de se ter mostrado incansável a fornecer linhas de passe para os colegas, nas combinações com Rafa e companhia, tendo embelezado a sua performance com dois golos e uma assistência para o tento de Rafa. Já para não falar daquele golo a abrir a segunda parte... uma delícia.
 

Abriu caminho à folgada vitória dos encarnado, com um golo à Rafa, pleno de repentismo e velocidade. Além disso, foi o grande dinamizador do ataque das águias, ainda antes da finalização certeira que protagonizou. Na segunda parte manteve a exigência a um nível elevado e a prova mais vívida disso esteve na primorosa assistência que efetuou para o bis de Gonçalo Ramos.

Outro interveniente encarnado a apresentar-se a grande nível. Cirúrgico na pressão alta do Benfica, esteve seguro no passe curto, tendo sido criativo no capítulo do passe longo e nas variações de flanco. Ficou a faltar aquela assistência para António Silva, depois de uma grande iniciativa individual.

Demorou a aquecer os motores, mas assim que entrou em velocidade cruzeiro, foi uma dor de cabeça acrescida para Cláudio Winck e companhia. Desconcertante no um-para-um, como tem sido habitual, voltou a ter motivos de festejos, com mais um golo em efeito «banana». Já convenceu o Terceiro Anel do Estádio da Luz.

Funcionou quase a tempo inteiro como um segundo extremo pelo flanco direito, dadas as vezes que marcou presença no último terço do terreno. Fundamental no apoio a David Neres, fechou a sua exibição com uma assistência no currículo, para o tal golo artístico de Gonçalo Ramos.

Após a exibição cinzenta que teve em Famalicão, havia a expetativa para ver o que o internacional alemão podia acrescentar a um jogo que já se encontrava resolvido. Ora, em 23', Draxler teve tempo para formalizar uma ameaça à baliza de Miguel Silva, consumando os seus intentos com um golo de belo efeito, depois de deixar para trás dois defensores do Marítimo.

Como o elemento mais experiente da dupla de centrais da formação insular, pedia-se outra agressividade na altura de deter os jogadores do Benfica. Fica inevitavelmente ligado ao jogo, pela permeabilidade que evidenciou, no momento em que Rafa passa por ele e inaugura o marcador.

Sempre muito desapoiado no ataque à baliza encarnada, acabou por padecer com o posicionamento ultradefensivo da equipa do Marítimo e acabou por ser engolido pela defensiva encarnada, embora nunca tenha virado a cara à luta.