Duas vitórias e um empate. É este o saldo de Portugal nos três encontros particulares realizados em território nacional antes da partida para Inglaterra, no próximo dia 3, onde a equipa das quinas vai marcar presença no Campeonato da Europa. A Grécia foi o adversário dos dois primeiros desafios, onde os problemas para a formação portuguesa foram mínimos, e estavam reservadas, na teoria, as maiores dificuldades para o último teste, diante a Austrália (1-1), número 12 do ranking mundial, em preparação para o Campeonato do Mundo.
As muitas ausências de vulto no lado australiano, com Sam Kerr à cabeça, talvez ajudem a explicar muito do que aconteceu no estádio António Coimbra da Mota, onde as diferenças entre as duas seleções foram mínimas. Eram esperadas mais dificuldades, só que a verdade é que Portugal conseguiu contrariar muito do jogo contrário e foi sempre muito mais perigoso do que o adversário, que terminou a primeira parte apenas com um remate (desenquadrado) à baliza à guarda de Inês Pereira.
E como diz o dito popular: "Quem não marca, sofre". E foi mesmo isso que aconteceu. Num lance de contra-ataque, já no segundo tempo, a Austrália adiantou-se no marcador, aos 73 minutos, por intermédio de Princess Ibini a desviar o cruzamento de Gielnik para o fundo da baliza.
Portugal reagiu bem ao golo sofrido e restabeleceu a igualdade pouco depois, aos 87 minutos, através de Telma Encarnação. A jovem madeirense esteve mesmo muito perto de consumar a reviravolta, em cima do apito final, só que viu o poste negar-lhe esse feito, que daria maior justiça ao resultado.
As internacionais portuguesas Sílvia Rebelo e Carolina Mendes foram distinguidas esta terça-feira, no Estoril, por terem atingido cem internacionalizações ao serviço da Seleção Nacional feminina A. A homenagem aconteceu antes do arranque do Portugal-Austrália, no Estádio António Coimbra da Mota.
1-1 | ||
Telma Encarnação 87' | Princess Ibini 73' |
Portugal mostrou uma excelente organização perante um adversário alguns degraus acima no ranking, deixando sinais de forte crescimento técnico e tático.
A equipa das quinas dispôs de inúmeras oportunidades para chegar à vantagem, sobretudo no primeiro tempo, mas desperdiçou muito. O resultado podia ter sido bem diferente.
Algumas decisões questionáveis da árbitra francesa Victoria Beyer.