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    Entrevista exclusiva à capitã da Seleção Nacional

    Dolores Silva: «Portugal tem um futuro brilhante pela frente»

    Portugal vai estar presente na próxima edição do Campeonato da Europa feminino, pela segunda edição consecutiva, depois de ter visto a UEFA entregar-lhe a vaga que estava destinada à Rússia, afastada de todas as competições pelas razões sobejamente conhecidas.

    Dolores Silva
    Portugal [Feminino]
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    O motivo «não foi o melhor», mas é visto como um «prémio» depois de uma fase de qualificação histórica, em que a frustração veio dar lugar a um sentimento agridoce, mas de muito orgulho, pela importância que este feito assume no contexto da evolução do futebol feminino nacional.

    A pouco menos de um mês do arranque do Euro e a dias do início do estágio, que principiou na passada segunda-feira, dia 13, Dolores Silva concedeu uma entrevista exclusiva ao zerozero. A capitã da Seleção Nacional projetou a participação lusa em Inglaterra e falou sobre a evolução do futebol feminino em Portugal.

    ©FPF

    «Irmos ao Europeu é motivo de orgulho, mas não nos podemos esquecer que a Ucrânia está a sofrer muito»

    zerozero (ZZ): Apesar dos motivos não terem sido os melhores, a verdade é que Portugal está novamente no Campeonato da Europa. O que isto significa para vocês?

    Dolores Silva (DS): Em primeiro lugar, obrigada pela oportunidade de poder estar aqui a falar sobre o futebol feminino numa altura especial para nós. Claro que isto significa muito. Infelizmente, não foi da forma que nós queríamos, até porque devia ter sido através do play-off, mas acabámos por ser chamadas e isso é um motivo de orgulho para nós, porque também acho que fizemos para o merecer e estamos muito felizes com isso.

    ZZ: Depois de uma fase de qualificação bastante boa - melhor fase de qualificação da história da Seleção -, acabam por perder no play-off e acredito que tenha sido um momento de muita frustração. Agora ganharam uma nova alma... 

    DS: Sim, recordo-me que foi duríssimo. A frustração foi muito grande e ficámos com um sentimento agridoce de que tínhamos feito uma qualificação muito boa, com o maior número de pontos possíveis, onde nos batemos contra uma seleção como a Escócia, com nomes fortíssimos a nível do futebol feminino, e ganhámos duas vezes. Conseguimos fazer um trajeto muito bom, mas, infelizmente, depois no play-off acabámos por cair por terra. Não era isso que nós ambicionávamos e desejávamos, ainda para mais porque tínhamos conseguido o apuramento no último Campeonato da Europa, e era um feito inédito voltar a repeti-lo. Depois, de repente, somos chamadas. Como referi, não nos podemos esquecer de que há uma guerra e que a Ucrânia está a sofrer muito com o que se está a passar. [...] É uma oportunidade única para nós, é uma oportunidade única para o futebol feminino português estar pela segunda vez consecutiva num Campeonato da Europa. 

    qFoi fundamental termos conseguido a qualificação naquele Europeu, porque foi a chave para, de repente, a aposta começar a ser maior e a acreditarem mais que nós mulheres também somos capazes de fazer coisas muito boas no futebol...
    ZZ: Não sabemos como é que será o futuro, mas o presente diz-nos que estamos a viver os melhores anos do futebol feminino. Como é para ti fazer parte desta geração que está a viver os melhores anos de sempre da história do futebol feminino nacional? 

    DS: É algo que não dá para ser descrito em palavras, porque é sinal de que estamos presentes numa geração que está a ser o exemplo para outras gerações e que se agarrou também àquilo que foram as gerações anteriores. Portanto, faz tudo parte de um processo e poder fazer parte desse processo e desse crescimento acho que é algo incrível porque todas nós trabalhamos, todas nós tivemos momentos em que não tínhamos tantas condições, mas mesmo assim fomos sempre à procura daquilo que nós mais queríamos. Foi fundamental termos conseguido a qualificação naquele Europeu, porque foi a chave para, de repente, a aposta começar a ser maior e a acreditarem mais que nós mulheres também somos capazes de fazer coisas muito boas no futebol. A prova disso é que nestes últimos cinco anos temos vindo a evoluir e isso é fantástico. 

    ZZ: Sentes mesmo que o Euro 2017 foi importante para a evolução que se seguiu? Sentes essa responsabilidade?

    DS: Sim, claro que sim.  Acho que esse feito inédito de estarmos pela primeira vez num Campeonato da Europa, fez com que houvesse aquele: 'Ok, elas estão mesmo aqui e está a haver uma evolução. Está algo a acontecer e Portugal está pela primeira vez num Campeonato Europa'. E fruto disso é que foram surgindo clubes que se tornaram profissionais, com maior aposta na formação, e acho que tudo isso veio despoletar um interesse maior. Até nos próprios media, acho que começou a haver muito mais interesse em trabalhar e em em procurar saber algo sobre nós.

    ZZ: E olhando mais trás, ainda antes de 2017, vamos recordar aquilo que foi o teu início onde não havia equipas profissionais em Portugal e onde muitas das jogadoras eram obrigadas a jogarem em contexto sénior com 13/14 anos. Há muitas jogadoras como tu que, se calhar, sentiram essa necessidade de ir para fora também porque cá não havia esse contexto e que acabam por regressar para um contexto profissional. Era algo que imaginavas há 10/15 anos?

    DS: Não sei, é difícil. Não imaginava, mas ao mesmo tempo queria imaginar e queria acreditar que isso poderia acontecer em Portugal: ser profissional no nosso país. Claro que há quinze anos era tudo completamente diferente. A minha primeira vez numa equipa sénior (1º Dezembro) eu tinha quinze anos e estava com a maior parte das jogadoras da Seleção, com 20's e 30's e tais anos. Mas lembro-me que nos fez crescer e agora faz-nos dar muito mais valor àquilo que temos, porque acabámos por ver outros contextos, o que nos ensinou a pensar assim:  'Ok,  essas pessoas realmente passaram por coisas [difíceis] e não eram profissionais na altura, mas elas davam tudo em campo. Elas eram capazes de estar o dia inteiro a trabalhar e depois às nove da noite íam treinar e davam tudo, incluíndo aos fins de semana, e sempre sem ser serem remuneradas'. Eu olhava para elas e pensava: 'isto é um grande exemplo'. Claro que depois tive de ambicionar mais e ir para fora, porque na altura era completamente impossível fazer vida do futebol e eu tinha a grande ambição de também procurar outras coisas, procurar outros voos e outras experiências. Foram anos duros das gerações anteriores, mas isso veio fazer com que com que nós conseguíssemos, passo a passo, chegar onde estamos hoje. 

    ZZ: Hoje as condições são completamente diferentes. Olhar para estas jovens deixa-te orgulhosa? Ou seja, por aquilo que passaram, esta acaba por ser uma conquista da vossa geração?

    DS: Claro que sim, acho que é incrível. Vejo isso com um sorriso na cara, porque acho que é sinal de que realmente tudo o que foi feito e todos os passos foram dados de forma correta. O futebol feminino está a evoluir da forma que deve evoluir e o facto das meninas agora poderem estar nos escalões das suas idades vai-lhes dar mais preparação. Falo também muitas vezes em relação à própria Federação, que acho que tem feito um trabalho espetacular a esse nível. Tem apostado muito na criação das seleções jovens. Nós não tínhamos essa possibilidade, mas é fantástico porque isso permite que elas venham mais preparadas quando chegam a uma seleção A. Nunca nos devemos esquecer das gerações anteriores, que impulsionaram para que isto esteja no rumo que está e que espero que continue a evoluir mais.

    ZZ: Passaste muitos anos no futebol alemão e tiveste uma experiência em Espanha. Olhando para esses contextos e olhando agora para o futebol português, em que ponto é que está o nosso futebol? 

    DS: Está a tomar o rumo certo. Acho que o surgimento das equipas dos clubes grandes veio dar um suporte maior à liga. O facto de termos o SC Braga, o Sporting, o Benfica e Famalicão... São equipas profissionais, que procuram formar as miúdas e procuram também trazer qualidade do estrangeiro para cá. Além disso, procuram dar as melhores condições a nós atletas para que possamos trabalhar da melhor maneira possível e acho que isso é algo que temos de estar muito agradecidas. O facto de podermos usufruir de tudo isso em Portugal é muito bom. Em Portugal, o próximo passo é tornar a liga mais competitiva e acho que este ano já o foi. Já conseguiu haver jogos em que houve mais equilíbrio e até mesmo na divisão dos títulos. Em Espanha, neste momento temos o domínio do Barcelona, mas vê-se que já há equipas que procuram ser mais competitivas. Há a Liga Inglesa que está a aumentar de uma forma incrível, assim como própria alemã que mantém sempre o registo. Os clubes podem olhar para esses exemplos e pensar: 'Ok, isto faz-se assim...'

    ©FPF

    «Temos um grupo fantástico, dos melhores que tive»

    ZZ: A nível da Seleção, ainda recordas a primeira vez em que recebeste a convocatória? 

    DS: Sim, recordo-me perfeitamente. Estava em casa da minha tia, tinha vindo as aulas e estava sozinha. Na altura, a selecionadora era a professora Mónica Jorge e ligou-me e disse: 'Era para saber se estavas disponível para te convocar para a Algarve Cup'. Isto foi em 2009 e eu não estava a acreditar. A primeira pessoa a quem eu contei foi ao meu pai. Ele está emigrado há muitos anos em Inglaterra, mas eu liguei-lhe e contei-lhe. Foi um momento mesmo muito especial e é algo que nunca vou esquecer. 

    ZZ: Ouvir o Hino é sempre tão bom como a primeira vez?

    DS: Sim, é. Representar o nosso país é algo que é difícil explicar, mesmo em palavras. Mesmo sem ser profissional, em criança, tu sonhas em chegar a uma Seleção. E quando ambicionas e tens paixão por aquilo que fazes e veres esse sonho tornado realidade, é incrível. Por isso, cada vez que ouço o Hino, parece que é sempre a primeira vez, mesmo que já tenha muitos jogos. A responsabilidade e o compromisso são sempre muito grandes. 

    ZZ: São já 134 jogos, a 5.ª mais internacional de sempre, e com a braçadeira... Tem sido um caminho espetacular, não é verdade?

    DS: Eu costumo dizer que isso tudo não me faz ser diferente das minhas colegas, mas faz-me, sim, ter mais responsabilidade dentro e fora do campo. É uma responsabildade e é um sonho também poder envergar a braçadeira da Seleção. É aquela responsabilidade, mas sempre com um sentimento de orgulho e é algo que levo com muita dedicação, com muito empenho e com muito foco.  

    ZZ: Ainda tens muitos anos pela frente, mas já sentes também que as jogadoras mais jovens olham para ti como um exemplo, como tu olhavas na altura para as mais velhas na Seleção?

    DS: Sim, acho que isso é uma coisa natural que vai surgindo e eu tento sempre ser o melhor exemplo possível a transmitir os melhores valores, os melhores princípios dentro e fora do campo.

    ZZ: Vamos lá ao Campeonato da Europa do próximo mês. Estamos a gravar uns dias antes do início do vosso estágio, portanto quando esta entrevista sair possivelmente já estarão em estágio. Algum nervosismo? 

    DS: Acho que é aquela ansiedade de que as coisas comecem, de podermos estar juntas e de viver o momento e desfrutar deste feito. Somos umas privilegiadas por termos sido selecionadas para representar o nosso país e podermos estar ao mais alto nível.

    ZZ: E como é que é o vosso ambiente enquanto grupo? 

    DS: É um grupo fantástico! Posso até dizer que é dos melhores grupos que tenho apanhado na Seleção. Já nos conhecemos muito bem e isso ajuda muito.

    ©FPF

    «Fase de grupos? Não vai ser fácil, mas temos os nossos argumentos»

    ZZ: E ao nível de expetativas em relação aos jogos? Temos a Suécia, que é a número dois do ranking mundial; o campeão europeu Países Baixos e a Suíça que está acima de nós... Portugal já mostrou que se consegue bater contra qualquer um. Como é que a capitã perspetiva esta fase de grupos?

    DS: Vamos estar ao mais alto nível. Sabíamos que se fôssemos chamadas iríamos defrontar Seleções fortíssimas. Vamos preparar-nos para representar Portugal da melhor maneira possível e isso é fazer o melhor, jogo a jogo, mantendo sempre os pés bem assentes na terra. Não vai ser fácil, mas nós também temos os nossos argumentos. Há favoritos e eu acho que, acima de tudo, devemos desfrutar do momento, procurar sempre fazer o nosso melhor e usar as nossas armas também para aquilo que nos for dado em cada jogo.

    ZZ: Numa entrevista ao zerozero, o selecionador Francisco Neto disse que não podemos ter medo de pensar em grande. Sabemos que as outras seleções são favoritas e que são estão acima no ranking, mas depois lá dentro não devemos ter esse medo de pensar em grande. Consideras que isso é importante e tem feito a diferença?

    DS: Completamente. Isso tem-se vindo a notar nos últimos anos quando defrontámos seleções desse nível e tivemos resultados muito bons. São coisas do momento e concordo que não devemos pensar pequeno, porque no nível em que já estamos temos de ser ambiciosos, mas devemos ter os pés assentes na terra. Não vai ser fácil, é um Campeonato Europa e a exigência é altíssima. O nível é incrível, mas acho que qualquer uma de nós sonha em poder estar presente nesses momentos e é para isso que nós trabalhamos diariamente, tantos nos nossos clubes, como quando somos chamadas à Seleção. A ideia é estar em patamares que nos obrigam a dar o melhor de nós e, quem sabe, até a atingirmos coisas que nós pensávamos que não éramos capazes. 

    qNão vai ser fácil, é um Campeonato Europa e a exigência é altíssima. O nível é incrível, mas acho que qualquer uma de nós sonha em poder estar presente nesses momentos... A ideia é estar em patamares que nos obrigam a dar o melhor de nós e, quem sabe, até a atingir coisas que nós pensávamos que não éramos capazes
    ZZ: Para quem não está tão por dentro do fenómeno do futebol feminino, vê que a Seleção já conseguiu a qualificação para o Europeu em 2017 e que está na luta também pela qualificação para o Mundial  2023. Quando olham para este grupo com Suécia, Países Baixos e Suíça, é preciso que as pessoas também tenham um pouco os pés assentes no chão, não é verdade? 

    DS: Sim, é verdade. Até quando fomos ao último campeonato da Europa era também um pouco essa a mensagem. Esta é a segunda vez, mas o que é facto é que não nos qualificámos no play-off. Vamos agora, mas há que ter os pés assentes na terra e procurar fazer o melhor. O melhor é entrarmos sempre para ganhar em todos os jogos e dar o nosso melhor. Nós temos qualidades e temos valor.

    ZZ: Fala-se muito de jogar à Portugal. O que é afinal o jogar à Portugal e como é que caracterizas a jogadora portuguesa?

    DS: Caracterizo a jogadora portuguesa como uma jogadora que gosta de ter a bola no pé. Não somos físicas. Nesse aspeto, a Suécia e os Países Baixos são fisicamente mais fortes. Há coisas que não se trabalham e que também são genéticas. Nós gostamos de ter a bola e gostamos de correr com ela, e acho que isso é a nossa identidade, é o jogar à Portugal. Sempre consoante a tática que o professor achar adequada e dentro dos padrões de jogo do adversário, mas sempre para tentar realçar essas nossas capacidades. 

    ZZ: Sentem que esta estabilidade, no que diz respeito à longevidade do mister Francisco Neto, e o próprio investimento da Federação é importante para vocês enquanto jogadoras? 

    DS: Claro que sim. A partir do momento em que sentimos que temos um apoio, é super importante, seja no clube ou na Federação. Neste caso, é importante porque também demonstra que há confiança no trabalho que está a ser desenvolvido e confiança em nós, enquanto projeto de Seleção e de Seleções. Portugal merece ter o seu nome - seja no masculino ou feminino - em grandes patamares. Poder fazer parte dessa confiança é muito importante e claro que nos dá sempre mais alento e mais motivação para continuar a trabalhar ao máximo.

    ZZ: Agora estamos no Campeonato da Europa, mas estamos também no decorrer da qualificação para o Mundial, algo que nunca conseguimos. Sentem que este Campeonato da Europa vai ser uma ajuda para a preparação para os jogos que faltam?

    DS: Estamos no decorrer da qualificação e também abriram mais vagas, o que significa mais possibilidade de estarmos presentes nesse Campeonato do Mundo, na Austrália e na Nova Zelândia. O nosso objetivo, claro, é continuar a fazer história. Agora estamos pela segunda vez no Campeonato Europa, temos essa prioridade, e claro que vai ser um momento muito bom para nos colocarmos à prova contra grandes seleções, num grande torneio, e ver o que temos de melhorar. Porque em setembro retomamos com a qualificação e esse é um objetivo que nós temos: conseguir pela primeira vez a qualificação para um Campeonato do Mundo. 

    ZZ: Ao contrário do que acontecia no passado, noto que já não há medo em assumir esses objetivos...

    DS: Eu acho que não tem que haver, mas tem de ser sempre feito de uma forma consciente. É óbvio que nunca vai ser fácil, vamos ter sempre adversidades e ainda nos faltam alguns passos para chegar ao contexto competitivo de determinadas Seleções, mas já estivemos mais atrás. 

    ©FPF

    «Chego muito feliz a este Europeu»

    ZZ: Como é que a Dolores chega a este campeonato da Europa? 

    DS: Feliz! Muito feliz por poder fazer parte deste grupo e ansiosa para que chegue o momento de poder começar a trabalhar. Acima de tudo, é isso, sinto-me feliz por poder fazer parte deste grupo e poder tentar dar sempre o melhor de mim para ajudar Portugal a alcançar aquilo que pretendemos.  

    qFiz parte de várias gerações e quero ajudar as meninas que estão agora a começar
    ZZ: Sabemos que o Mundial é um dos objetivos, mas o que é que ainda ambicionas para o futuro? Já tens muitas conquistas, tanto aqui como lá fora, inclusive na Seleção, portanto o que ainda falta concretizar?

    DS: É viver o momento. Claro que participar novamente num Campeonato da Europa é algo que ambicionava muito e o facto de poder vir a conseguir a qualificação para o Mundial também é um dos objetivos, mas a nível individual é um pouco isso: desfrutar desses momentos. Quero ganhar o máximo que puder, seja no clube ou seleção, isso é o que eu ambiciono sempre. 

    ZZ: Quando chegar o momento de colocar o ponto final na carreira, o que gostarias que as pessoas dissessem sobre a Dolores? Que marca é que gostarias de deixar nas pessoas? 

    DS: Acima de tudo, que consegui ser sempre eu e que as pessoas olhassem para isso como uma coisa positiva, que consegui passar coisas positivas, seja de aprendizagem ou de experiências: uma imagem saudável daquilo que sou enquanto atleta dentro do campo, mas também fora do campo. Fiz parte de várias gerações e quero ajudar as meninas que estão agora a começar a que possam seguir os meus passos e os passos de outras colegas para que o futebol feminino continue a dar ainda muito mais alegrias.

    Dolores Silva
    Apuramento WWC2023 - UEFA
    6 Jogos  404 Minutos
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    ZZ: Que mensagem é que gostarias de deixar a essas meninas que vão estar em casa já a sonhar com mais propriedade de que é possível chegar a vez delas também?

    DS: Eu estive nessa situação e sonhava com isso, por isso aquilo que eu gosto de dizer é: 'Sonhem, mas lutem pelos vossos sonhos. Lutem e trabalhem, sabendo que vai haver dias menos bons e coisas menos boas, mas que tudo faz parte do crescimento e tudo faz parte da nossa evolução também enquanto ser humano, dentro e fora do campo'. Acima de tudo, é aproveitarem o momento e aproveitarem da melhor maneira as condições de trabalho. O futebol é o momento.

    ZZ: Portugal tem futuro?

    DS: Tem. Portugal tem um futuro brilhante pela frente.

    Veja as incidências da partida no acompanhamento feito pelo zerozero.pt.

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    Camp. Europa 2022 -  Feminino | Portugal x Suíça
    Camp. Europa 2022 -  Feminino | Portugal x Suíça

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