Finalizada a primeira temporada ao serviço do Arsenal, Nuno Tavares concedeu uma entrevista ao podcast Counter Attack, na qual recordou a saída do Benfica, confessando mesmo que chegou a chorar no último dia pelos encarnados.
«O meu agente só me falou da hipótese do Arsenal no final da temporada, é a política dele. Disseram-me que estavam mesmo interessados em mim e fiquei contente, claro. Mas estava no Benfica, sou um jogador formado lá e isso é sempre complicado porque têm de pagar. Chorei no último dia. Ia ser uma mudança complicada, para um país diferente, ia ter saudades dos meus colegas, do treinador, da minha família…», lembrou.
O jovem lateral de 22 anos recordou também o primeiro jogo com adeptos nas bancadas do Emirates e admitiu ter sentido dificuldades em adaptar-se ao ritmo de jogo da Liga Inglesa, tendo ainda mencionado as diferenças quanto à arbitragem.
«Foi contra o Chelsea, quando os adeptos regressaram aos estádios por causa da Covid-19. Para ser sincero, foi muito bom e também semelhante ao que sentia no Benfica. Isto no que ao estádio diz respeito. Porque o ambiente proporcionado pelos adeptos é muito, muito bom. Apoiam-te até ao final, quer percas ou ganhes. Sinto que consigo sentir melhor a vibração que chega das bancadas quando marcamos quando estou no banco de suplentes. É muito bom.», recordou.
«O ritmo de jogo, sem dúvida. Aqui, recuperam a bola e contra-atacam, estamos constantemente nisso. Eu acho que tenho boa resistência, mas muitas vezes preciso de respirar um bocado. (…) Em Portugal, se tocas em alguém, cai logo e o árbitro marca falta. Aqui, os árbitros não param o jogo, é muito mais intenso», explicou.