Os destaques da partida entre o Paços de Ferreira e o Benfica, que terminou com a vitória encarnada por 0-2.
... e do Seixal. Numa partida de final de época que tinha tanto de despedida como de pontapé de partida para o futuro, Henrique Araújo afirmou-se como o maior nome dos que se seguem do Seixal. Dois golos, um abrir e outro a fechar a primeira parte, ambos em situações diferentes, mas com uma característica comum: tem aptidão para o golo. Primeiro recebeu na velocidade e finalizou com qualidade, depois apareceu no sítio certo para empurrar para o bis. Se continuará a ter oportunidades só Roger Schmidt saberá, mas os indicativos são bons.
Está longe de ser o jogador que era quando passou pelo Benfica, mas o toque não engana. Sem a velocidade e explosão de outrora, o argentino destaca-se pela qualidade de passe e capacidade de ler o jogo e, contra o seu antigo clube, não foi exceção. Sempre decisivo e quase sempre o responsável pela criação do jogo ofensivo, como por várias vezes deixou claro e com passes de todas as formas e feitios, com a diversão natural de quem mostra um prazer enorme em jogar.
Não jogava há mais de quatro meses e respondeu da melhor forma ao desafio para fechar a temporada. A reação do Paços ao golo sofrido apareceu em força, mas o guarda-redes foi sempre atrasando o empate com defesas decisivas. Primeiro foi no lance com Gaitán no chão, depois duas vezes com Hélder Ferreira, a última deles que acabou por lançar a transição do 0-2. Encheu a baliza.
O central já tinha sido chamado à equipa principal quando o treinador era Jorge Jesus, depois da lesão grave de Lucas Veríssimo, que fez o jovem subir ao quarto lugar na hierarquia. Continuou a dividir os minutos com equipa B e juniores para a Youth League, até acabar como titular na I Liga, num jogo onde mostrou toda a qualidade com e sem bola. Dominante no ar, cortou vários cruzamentos e ainda apareceu nas bolas paradas ofensivas. Sai bem a jogar e isso também um ponto positivo.
Não foi uma época de muitas oportunidades, mas acabou com nota positiva. Jogou como lateral, médio-ala e, na última jornada, a extremo. Deu nas vistas pela velocidade com a qual criou muitas dificuldades pelo corredor direito. Nem sempre decidiu bem, é verdade, mas colocou a bola perfeita para o segundo golo de Henrique Araújo. Para o futuro treinador ver.
depois a clareza. Tudo o que o extremo tinha até ao momento na I Liga eram 18 minutos na vitória frente ao Marítimo. Na despedida da época foi titular e até começou com uma excelente recuperação de bola que resultou na assistência para o primeiro golo, mas teve alguma dificuldade em entrar no ritmo do jogo. Esqueceu-se de defender algumas vezes e estava com pressa para decidir sozinho, mas foi melhorando, sobretudo na segunda parte. Acabou substituído, mas com uma exibição que pode justificar a presença neste escalão na próxima época, quer no plantel ou, quiçá, emprestado.
Havia uma estratégia e, aos cinco minutos, deixou de haver. O extremo adaptado a lateral foi demasiado passivo, perdeu a bola no corredor numa altura em que a equipa estava posicionada para atacar e o resultado foi o golo sofrido. Depois até nem teve um jogo péssimo, mas a exibição já estava manchada pelo golo.
0-2 | ||
Henrique Araújo 4' 44' |