A segunda jornada do Grupo A manteve tudo em aberto quanto ao seu desfecho.
No primeiro jogo do dia, a Ucrânia atropelou autenticamente a Sérvia, goleando por 1x6. O pragmatismo ucraniano foi mortífero para os sérvios, como comprovam os números: no final da partida, as estatísticas mostravam 21 remates enquadrados dos sérvios (em 53 remates), contra "apenas" 13 remates enquadrados da Ucrânia, num total de 32. A diferença de golos é um dos critérios de desempate, e a segunda derrota seguida da Sérvia, esta última de goleada, torna as contas da Sérvia bastante difíceis - mas possíveis, ainda.
No encontro entre os defensores do troféu e o país organizador, a vitória sorriu aos campeões da Europa e do Mundo, de forma natural e incontestada. 4x1 fui o resultado final, que poderia ter números mais expressivos face ao quão avassalador foi o domínio de Portugal. A Seleção Nacional transformou um jogo que poderia complicar num jogo fácil, e segue na liderança - e só precisa de um empate para carimbar o primeiro lugar do grupo A.
Na próxima sexta-feira, às 19h30, as quatro equipas entram em campo (a última jornada de cada grupo é disputada em simultâneo), com Ucrânia e Portugal a defrontam-se em Groningen, ao passo que Países Baixos e Sérvia disputam o derradeiro jogo da fase de grupos em Amesterdão.
Duelo entre duas equipas com ambições de passar a fase de grupos, mas ambas desfalcadas. A Sérvia foi a jogo com 12 atletas, mais um atleta que no jogo com Portugal, e até contou com o regresso de Aleksić, mas ainda sem baixas de peso como Matijević e – principalmente - Jovan Lazarević. Pior cenário, à partida, tinha a Ucrânia, que tinha apenas dois quintetos disponíveis – dois guarda-redes e oito jogadores de campo - face às ausências de Pediash, Radevych, Razuvanovand e Zhurba.
Ambas seleções perderam o primeiro jogo do Europeu, e corriam atrás do prejuízo tendo em conta o principal objetivo: passar a fase de grupos. A Ucrânia colocou os olhos no objetivo e impôs uma derrota categórica à Sérvia, sendo que ao intervalo já vencia por 0x4.
O pragmatismo ucraniano foi a chave do jogo, visto que a seleção da Ucrânia foi sempre a seleção com melhor noção de baliza. O primeiro golo surgiu logo aos 2’, com Mykhailo Zvarych a ganhar as costas da defesa sérvia rematando com a biqueira para o fundo das redes de Nemanja Momčilović. Só dava Ucrânia, que dilatou o marcador aos 6’, beneficiando de um autogolo de Kristijan Vasic.
A Sérvia tentou reagir, pegando no jogo – com o consentimento da Ucrânia – construindo mais jogo, mas tendo sempre muita dificuldade em finalizar, particularmente com perigo. Os ucranianos iam rodando os seus quartetos, mas mantendo sempre a mesma ideia: transições rápidas, jogadas simples, e finalizações perigosas. Daniil Abakshin dilatou o resultado aos 15’, e em cima do intervalo, Ihor Cherniavskyi deu ao resultado contornos do descalabro.
No segundo tempo, a Sérvia procurou ativamente o golo desde o início, mas a pontaria estava desafinada, e a defesa da Ucrânia muito coesa. Também faltou sorte à Sérvia, mas os ucranianos não se compadeciam, e Mykhailo Zvarych apontou o quinto aos 34’, numa altura em que a Sérvia já se preparava para apostar no 5x4+GR.
Com pouco mais de cinco minutos para jogar, Mladen Kocić vestiu a camisola de guarda-redes avançado, mas faltava pontaria, e a Ucrânia ia aproveitando para visar a baliza. Depois de um falhanço inacreditável – isolado em frente à baliza - Ihor Korsun redimiu-se com um remate de área a área, que deu o sexto golo ucraniano.
À entrada para o último minuto, Tomic assinou o golo de honra da Sérvia, com um grande pontapé na sequência de um canto, aproveitando o espaço concedido pelo relaxamento dos ucranianos para atenuar um pouco a pesada derrota.
Jogo sem grande história, com Portugal a assumir e controlar a partida do início ao fim.
Os Países Baixos defenderam quase sempre com bloco baixo, o que dificultou a tarefa da seleção nacional, mas a entrada de Zicky voltou a mexer com o jogo, e foi ele quem forçou o erro de Saadouni no autogolo que abriu o ativo, aos 6’. Portugal procurava ativamente o golo, conseguindo dilatar a vantagem em cima do intervalo, com golo de Pany Varela.
No segundo tempo a toada manteve-se. Pany bisou aos 23’ – num golo em que o guarda-redes Kuijk não saiu bem – e Portugal mostrava querer mais. Só que os neerlandeses não tinham nada a perder, e tentavam puxar das suas valias para, pelo menos, marcar.
Acabaram por ser premiados, aos 33’: no ressalto de uma bola na trave, Lahcen Bouyouzan apareceu sozinho na cara de André Sousa, e reduziu. Portugal passou a cerrar ainda mais o jogo, impondo-se de forma inequívoca, e ainda marcou o quarto, por intermédio de Afonso, astuto na pressão, que roubou a bola na área contrária e atirou para golo a segundos do apito final.
Galeria Portugal x Países Baixos