Se fosse fácil não era para nós, portugueses. E esta seleção portuguesa de andebol, com nome de guerra 'Heróis do Mar', já nos habituou aos mais fantásticos feitos possíveis. Este domingo é preciso mais um, perante uma Hungria que vai jogar com casa cheia: esperam-se 22 mil espetadores na MVM Dome, em Budapeste.
Com a Covid-19 a atrapalhar, em toda a linha, a preparação para este jogo (e para o próprio Europeu), Portugal tem de fazer das fraquezas forças para não ficar já com a qualificação para a Main Round condicionada. Para que tal não aconteça, a turma de Paulo Pereira tem de vencer a Hungria e, assim, depender de si própria para seguir em frente.
Quem perder esta partida (a Hungria foi surpreendida pelos Países Baixos e também não tem pontos), fica dependente de terceiros (e dos golos) para ainda poder seguir em frente. Mas antes de pegar na calculadora é preciso acreditar neste jogo do «tudo ou nada». O rendimento, esse, vai certamente subir por comparação com o jogo contra a Islândia.
Decisivo: «É o tudo ou nada para nós. Não acredito em milagres, mas em melhorar todos os dias e acreditar que a seleção portuguesa pode representar dignamente o país. Todos os golos contam e podem fazer a diferença nas contas finais»
Recuperação: «Não tivemos sequer 12 horas para recuperar, os jogadores deitaram-se à meia-noite e tiveram de treinar ao meio-dia, enquanto a Hungria teve mais um dia de descanso e treina à hora dos jogos»
O treino: «Conseguimos preparar um treininho interessante, dentro do pouco tempo de recuperação que tivemos, que é sempre curto para corrigir coisas importantes. Os atletas já receberam vídeos individuais acerca dos erros da defesa e foram muitos»
Pontos fracos: «A Hungria está muito pressionada porque joga em casa. O que lhes passa pela cabeça é que têm de fazer algo grande e isso pode jogar a nosso favor»
Pressão húngara: «Eles querem mesmo ser campeões como organizadores. Depois de terem entrado a perder com os Países Baixos, uma derrota que não estavam a contar, terão de nos ganhar para não ficar de fora. Portanto, vai ser jogo de vida ou de morte para ambos»